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Juiz será afastado de funções e fica preso em Quartel da Polícia Militar

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Atualizada às 17h50 (Horário local)

O desembargador Luiz Gonzaga Brandão, presidente em exercício do Tribunal de Justiça (TJ) do Piauí, confirmou na tarde desta sexta-feira (19) que o juiz da cidade de Parnaguá, a 823 quilômetros de Teresina, Carlos Henrique Teixeira, será afastado temporariamente da comarca do município.

Fotos: Thiago Amaral

Segundo avaliou o magistrado, o juiz acusado não tem condições de retornar as suas atividades. Às 17h15 o juiz chegou ao tribunal, na presença do seu advogado Lúcio Tadeu dos Santos, para se apresentar ao desembargador.

O Tribunal de Justiça solicitou que ele fizesse corpo delito na cede do TJ para evitar ida do juiz ao IML. Logo após os procedimentos legais, Carlos Henrique ficará preso no quartel do Comando Geral da Polícia Militar.

“Eu imagino que ele não tem condições, pelo menos morais, de enfrentar um juridicionado. Certamente ele será afastado temporariamente”, disse o desembargador Luiz Gonzaga Brandão.



O juiz de Parnaguá vai ficar preso por cinco dias, para investigação. Caso haja necessidade, esse período pode ser prorrogado por mesmo período. Depois, o juiz irá aguardar em liberdade o seguimento do processo.

Se for comprovada a culpa do magistrado, Carlos Henrique pode perder o cargo.



Sobre operação
O juiz Carlos Henrique Teixeira, e mais nove pessoas entre empresários, lobistas e um bacharel de Direito, foi preso através da operação da Polícia Federal intitulada "Mercadores".

Sobre o grupo recaem acusações de grilagem de terras, venda de sentenças e liminares, falsificação ideológica, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva nos Estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Piauí e no Distrito Federal.



Atualizada às 17h50 (Horário local)

O juiz Carlos Henrique Teixeira, da comarca de Parnaguá, 823 quilômetros ao Sul de Teresina, chegou no final da tarde desta sexta-feira (19) a capital e foi direto para o Tribunal de Justiça do Piauí. Ele foi preso em Corrente pela Polícia Federal na operação Mercadores, deflagrada no Maranhão, Minas Gerais e Distrito Federal para investigar grilagem de terras.

Fotos: Thiago Amaral


O magistrado foi preso em Corrente e trazido de avião para Teresina com um delegado da PF e o juiz auxiliar da corregedoria de Justiça. Estes chegaram em um carro que estacionou nos fundos do TJ, mas precisou voltar até o portão da frente. Carlos Teixeira entrou calado e usou o mesmo elevador que as demais pessoas.

Preso preventivamente por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, o juiz subiu ao terceiro andar para se apresentar ao desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho, presidente em exercício do TJ. O procedimento é necessário para que Carlos Teixeira seja encaminhado ao Instituto Médico Legal, onde fará exame de corpo de delito obrigatório antes da detenção no quartel do comando geral da Polícia Militar. 




 
Também foram ao TJ o superintendente da PF no Piauí, Marco Antônio Farias, e o delegado Janderliê Gomes, que acompanharão todos os passos até a transferência do juiz preso para sua cela no quartel.




Yala Sena (flash do TJ/PI)
Fábio Lima (da Redação)
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