Cidadeverde.com

Modelo transexual Carol Marra desfila de maiô em Minas Gerais

Imprimir
A modelo transexual Carol Marra, de 24 anos, exibiu pela primeira vez as protéses de silicone de 240 ml recém colocadas no "Minas Trend Preview", evento de moda que aconteceu nesta quarta-feira, 25, em Belo Horizonte. Carol, que ainda não se submeteu a cirurgia de troca de sexo, desfilou com um maiô feito exclusivamente para ela. Jornalista de formação, a modelo de 1,80m e 56 kg,  é a primeira repórter transex do programa "Mulheres" da TV Gazeta.


Ao EGO, Carol contou como foi se assumir transexual.

EGO: Como era sua vida antes de ser modelo?
Carol: Sou jornalista de formação e trabalhava como produtora de moda até ser convidada para posar e desfilar por causa do meu rosto andrógeno, que tenho desde criança. Quando era pequena me tratavam como menina e minha mãe precisava dizer que eu era filho e não filha.

Quando você assumiu que era transexual?

Foi um processo muito doloroso. Não entendia o que era. Não era mulher, não era homem e sentia atração pelos namorados das minhas amigas. Só consegui ter minha primeira experiência sexual aos 22 anos. Antes, me apaixonei por um rapaz. O conheci num réveillon em Jurerê Internacional, mas não tive coragem de dizer quem eu era. Viajei até São Paulo para revelar a minha identidade e quando passamos por um lugar onde havia travestis, ele teve uma atitude tão preconceituosa contra eles que fui embora e sumi de sua vida.

Ele trabalhava em quê?

Ele é jogador de futebol e deve ter descoberto a minha identidade recentemente, quando comecei a aparecer na mídia. Desde então, me deletou do Facebook.

Você tem vontade de fazer cirurgia de mudança de sexo?

Tenho, mas ainda não tive tempo. Para falar a verdade, acho que ser mulher está além de uma vagina. É algo muito mais abrangente.

Como seus pais encararam sua mudança?

Meus pais são funcionários públicos federais. Me afastei deles para fazer a cirurgia de colocação do silicone nos seios (ela tem 240 ml) e nesse desfile foi a primeira vez que me viram como mulher. Estavam na plateia e só de lembrar tenho vontade de chorar, de tanta emoção. Enquanto todos pensavam que eu ia acabar numa esquina, me prostituindo, reverti o preconceito e hoje mostro que posso estar lá num outdoor de moda.


Fonte:Ego
Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais