O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais abriu investigação para apurar a prática de racismo em um videoclipe do cantor mineiro Alexandre Pires. A denúncia de racismo está sendo investigada pela Procuradoria Geral da República em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde o cantor reside. Assista:

Conforme informações da assessoria de imprensa do MPF mineiro, o procedimento de investigação foi aberto após representação encaminhada pela Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, órgão da Presidência da República, a partir de reclamações no sentido de que "o vídeo 'Kong' utiliza clichês e estereótipos contra a população negra" e que "reforça estereótipos equivocados das mulheres como símbolo sexual".

Participam do videoclipe, além de Alexandre Pires, o jogador do Santos, Neymar, e o compositor Mr. Catra. Eles aparecem no vídeo vestidos de macacos em um espaço com muitas mulheres de biquíni. Em certo trecho, a música diz: “é no pêlo do macaco que o bicho vai pegar”. Pires não foi localizado para comentar o assunto. Ele prestou depoimento sobre o caso no último dia 3 de maio.

Os outros envolvidos ainda não se pronunciaram sobre a polêmica em torno do vídeo. Os responsáveis pela investigação, no MPF mineiro, não irão dar detalhes sobre o caso porque a apuração ainda está em fase inicial, informou a assessoria de imprensa da entidade.