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Professores marcam protesto na 2ª feira para denunciar transferências

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O Comando de Permanente de Luta formado por professores da rede estadual de ensino do Piauí denuncia que após a suspensão da greve, os professores estão sendo “sofrendo assedio e sendo perseguidos pela Secretaria de Educação”.

De acordo com o professor Landim Neto, ao retornarem ao trabalho pelo menos 11 professores da escola Freitas Neto, na zona Leste, que funciona em tempo integral, teriam sido devolvidos para Secretaria. “A 4ª Gerência Regional de Educação está devolvendo os professores que retornaram aos seus trabalhos, por ordem da Secretaria e o motivo que consta na ficha é que são professores grevistas. Eles apelaram para eles voltarem e agora que voltaram estão jogando fora”, afirma o docente.


Professores do Comando de Luta: Maria Anita, Lourdes Melo, Ana Brito e Landim Neto

Ele também denuncia que existem professores que tiveram sua ficha escolar investigada, como forma de “perseguição”. “Eles estão levantando a frequência dos professores, não só neste ano, mas nos anos anteriores também. Vasculhando a vida como medida de retaliação”, destacou Landim Neto.

Para a professora Lourdes Melo isso é ilegal. “Temos o direito de greve, e ela não foi julgada ilegal, porque estávamos lutando por um piso que está na Lei, não admitimos essas retaliações”, declarou.

Na próxima segunda-feira(28), o comando fará um ato em frente ao Palácio de Karnak, onde terá a queima de contracheques denunciando as retaliações e o parcelamento do piso.

Secretaria de Educação

Em nota a Secretaria de Educação informa que devido ao tempo de paralisação e obedecendo a normativa lotatação está relocando os professores e que desconhece qualquer perseguição e assédio moral supostamente feitos por diretores de unidades.

A nota diz ainda que o secretário Átlia Lira vai se reunir com o Sindicato dos Trabalahdores em Educação (Sinte) para esclarecer quaisquer dúvidas.

Confira a nota na íntegra:

A Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Piauí considerando o período de interrupção das atividades letivas no ano de 2012, face à paralisação de parte dos docentes da Rede Pública de Ensino e a realidade de cada unidade escolar em relação ao número de dias paralisados, redefine a proposta de monitoramento e relotação nas escolas do Estado com base na Normativa 001/2012 que dispõe sobre a lotação de pessoal docente nas escolas da Rede Pública Estadual de Ensino.  

O objetivo central da ação é focando, sobretudo, em indicadores de gestão e ensino com vistas à regularidade de funcionamento das escolas para o cumprimento, com qualidade, da carga horária mínima de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200 dias efetivos de trabalho escolar.

A Secretaria da Educação desconhece qualquer perseguição ou assédio moral sendo promovido pelas diretorias das Unidades Escolares e reforça aqui o seu compromisso com a melhoria da qualidade da Educação e valorização de todo e qualquer servidor da pasta.

Uma próxima reunião já foi agendada com o próprio secretário da Educação, Átila Lira, e a diretoria do Sindicato dos trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí para a próxima segunda-feira (28) para sanar e esclarecer todas e quaisquer dúvidas sobre o processo. 




Caroline Oliveira
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