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Único réu do mensalão sem advogado é poeta e ativista social

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“Escute lobo: recupere-se das feridas, pense sobre o que acontece com você, sobre seus sofrimentos e considere-os uma ferida da alma. O amor que te abandona, a amizade que te trai, a injustiça que padece e a solidão que se esconde...”. Os versos fazem parte de uma poesia em espanhol chamada “Escucha Lobo!” (Escute Lobo! em tradição livre), de Carlos Alberto Quaglia, um dos réus do mensalão e o único sem advogado entre os 38 que vão ao banco dos réus no Supremo Tribunal Federal (STF), no próximo dia 2 de agosto.


O poema de Quaglia, escrito em 2009, já participou inclusive da edição 2010 do prêmio Talentos da Maturidade, do banco Santander, e trata fundamentalmente de superação humana e de como cada um precisa olhar para si, buscando uma vida melhor.


Apesar da vida de empresário, Quaglia, argentino radicado no Brasil desde 1978, é o único dos 38 réus do mensalão assistido pela Defensoria Pública da União (DPU). Não necessariamente por ter apresentado atestado de pobreza (regra fundamental para uma pessoa ser assistida por advogado público), mas por conta de uma confusão gerada na fase inicial do processo. Uma confusão questionada pela própria Defensoria nas alegações finais de Quaglia.
 

Na primeira fase do inquérito, os advogados Dagoberto Antoria Dufau e Eliane Cristina de Souza Campergher eram apontados como defensores de Quaglia. mas eles renunciaram à defesa do empresário. Depois, durante as oitivas realizadas em Santa Catarina, ele constituiu outro advogado, Haroldo Rodrigues.


Fonte: Último Segundo

 

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