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Agespisa deve 1 bilhão e presidente admite racionamento de água

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O presidente da Agespisa, Raimundo Nogueira Neto, afirmou que a empresa tem uma dívida de quase R$ 1 bilhão e que mais de R$ 1 milhão foi bloqueado pela Justiça Federal para sanar dívidas trabalhistas. O gestor confirmou que pode haver racionamento em alguns municípios piauienses.


Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com


"Qualquer bloqueio, na situação atual, faz falta para a empresa. vamos demonstrar aos juízes que há necessidade desse recurso e pediremos para renegociar a dívida. É complicado, mas nossos números são claros e objetivos. Temos certeza de que a justiça terá noção das consequências desse bloqueio", disse o presidente, em entrevista ao Jornal do Piauí desta quarta-feira (1).



Raimundo Neto ressaltou que algumas dessas consequências já podem ser sentidas pelos fornecedores. "Esse setor já está sofrendo atrasos. A água é uma necessidade básica e esse bloqueio inviabiliza alguns investimentos e melhorias no sistema. Além do débito trabalhista, a empresa deve quase R$ 1 bilhão", explicou o gestor.



De acordo com o presidente, por conta das dívidas, é possível que haja racionamento de água em algumas cidades piauienses. "Isso ocorre porque um sistema que foi criado para dar conta da zona urbana está atendendo todo o município. Mas, mesmo com dificuldades, estamos conseguindo melhorar, tanto Teresina como outros municípios. Ilha Grande do Piauí, por exemplo, vai sair de 0% para 100% de esgotamento", reforçou.



Desvio de água

Raimundo Neto acrescentou que os desvios de água causam grandes prejuízos à Agespisa. Somente no primeiro semestre de 2012, foram constatados 1.500 desvios, mais conhecidos como "jacarés", e, por conta disso, a empresa está aumento a fiscalização e realizando campanhas.



"O prejuízo é grande, porque quando a pessoa coloca o jacaré, perde o controle e desperdiça água, prejudicando todo o sistema", argumentou o gestor.

Jordana Cury
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