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Sete pessoas morrem por dia no Brasil por exposição ao cigarro

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Crianças, jovens e adultos que ficam próximos de fumantes precisam ter cuidados especiais, pois eles correm os mesmos riscos de um dependente. Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) identifica que cerca de sete pessoas morrem por dia no Brasil por conta da exposição ao cigarro.
 
Mesmo com grandes avanços na divulgação de campanhas contra o tabagismo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que nenhum país segue com rigor as medidas que controlam o uso do cigarro em lugares públicos.
 
De acordo com o otorrino Erick Barros, são inúmeros os prejuízos causados pelo fumo passivo, por isso fugir de locais fechados que existam fumantes é uma atitude simples, mas que previne os danos nocivos da fumaça. 

“Os fumantes passivos podem sentir, a princípio, alguns problemas respiratórios, como tosse, coriza, dor de cabeça, irritação nos olhos e garganta”, declara. Todos os efeitos descritos são semelhantes nas crianças, mas elas estão mais propícias à toxicidade da fumaça por conta da sua imaturidade.
 
O otorrino também alerta que os filhos de fumantes podem apresentar dificuldades no desenvolvimento da fala, distúrbios de conduta e até falta de atenção. “Muitos pensam que o fumo só atrapalha quem usufrui do cigarro, mas a questão é muito mais ampla. As crianças fumantes passivas têm grandes chances de fumar no futuro”, destaca.
 
Problemas cardiovasculares

O cigarro tem a nicotina como principal agente ativo, porém, outros produtos químicos como o alcatrão e o monóxido de carbono também são prejudiciais para o coração. Eles contribuem para o acúmulo de placas de gordura nas artérias, danificando as paredes dos vasos sanguíneos. Também afetam o colesterol e os níveis de fibrinogênio (responsável pela coagulação do sangue), aumentando assim o risco de um coágulo que pode levar ao ataque cardíaco. 

De acordo com o cardiologista Victor Lira, a quantidade de substâncias tóxicas absorvidas pelo fumante passivo depende da duração da exposição, quantidade e qualidade de ventilação do ambiente, número de cigarros e de fumantes no local, além da qualidade do filtro de alcatrão do cigarro. 

“No caso dos fumantes passivos, as consequências para a saúde serão maiores quanto maior for o tempo que ficarem expostos à fumaça em locais fechados e com pouca ventilação.


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