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Internos que lideraram rebelião do CEM vão para a Casa de Custódia

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O coordenador do Centro Educacional Masculino (CEM), Herbet Neves, afirmou que os oito internos que formam levados para a Central de Flagrantes, acusados de encabeçar a rebelião, devem ser encaminhados para a Casa de Custódia, por serem maiores de idades e responderão ao dano ao patrimônio público. 

Evelin Santos/CidadeVerde.com

“Ao todo, 30 participaram da rebelião, mas apenas oito foram apontados como os causadores. A maioria já cometeu homicídio, mas o comportamento deles aqui dentro era normal, em nenhum momento a gente suspeitou que eles pudessem ter essa atitude”, destacou Herbet Neves. 

Os outros internos que permanecem no CEM e que também fizeram parte da rebelião, passarão por exame de corpo de delito ainda nesta manhã(23), apesar da direção afirmar que ninguém saiu ferido. 

Pacote com cigarro

O coordenador ressaltou que a interceptação da carteira de cigarro, junto com o pacote de fumo e do celular com carregador pode não ter sido o motivo. “Esse material foi jogado por um homem que passou de moto, do lado externo do pátio. A gente interceptou nenhum dos internos revelou que sabia que isso havia sido jogado. Logo depois do jantar eles cercaram um educador e tentaram leva-lo como refém para dentro do alojamento, mas um policial que estava jantando impediu a ação com bala de repressão e em seguida começou de fato a rebelião”, contou Herbet Neves. 


Dentre as ações dos internos rebelados, parte da cozinha e da escola foi destruída. Eles também queimaram colchões novos e livros da biblioteca. “Eles destruíram utensílios da cozinha como pratos e talheres e o gradeado da cozinha, destruíram carteiras das salas de aula. O curso de panificação que era para iniciar hoje foi suspenso”. 

A perícia já foi acionada para fazer o levantamento da destruição do local. 


Punições

Os adolescentes que continuam no CEM aguardam decisão da juíza da Infância e da Adolescência, Maria Luiza, que decidirá qual punição eles vão sofre por causa da rebelião. Dentre as alternativas está a proibição de visitas e ligações telefônicas. Algumas medidas devem garantir mudanças na rotina da casa para evitar possíveis confrontos. O horário de recolhimento será alterado e os internos que participaram do movimento terão tratamento diferenciado. 

Faltam educadores e policiais

Herbet Neves acrescentou que o maior problema do CEM é o número insuficiente de educadores e policiais para garantir a segurança dos 48 internos (agora 40). Segundo ele, há apenas oito educadores e cinco militares por dia e a cada vez que um interno é lavado para audiências, médico ou outras visitas externas, vai acompanhado de um educador e um policial. 

“As câmeras não estão funcionando há quatro meses por um problema técnico, estamos fazendo um relatório com todas as solicitações para encaminhar à doutora Maria Luíza e a outros órgãos competentes”, finalizou.  




Flash de Jordana Cury
Redação Caroline Oliveira
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