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Carroças vão usar placas e novo chicote que não agride os animais

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Carroceiros de Teresina (PI) realizaram na manhã deste sábado (1) uma manifestação pelas ruas da zona Norte. A "carroçada" comemorou o dia dedicado ao trabalhador e as novidades que estão sendo implementadas na profissão. Entre elas está a adoção de um novo chicote, que na verdade funcionará como chocalho e não atingirá o animal.

Fotos: Wilson Filho/Cidadeverde.com

De acordo com Jaqueline Lustosa, ambientalista e idealizadora dos projetos, o novo modelo de chicote será feito com material mais leve e o asinino será instigado a puxar a carroça somente com o barulho. 

O presidente da Associação dos Carroceiros de Teresina, José Ferreira Lima Filho, 72 anos, afirmou que o novo modelo de chicote já foi aprovado pela categoria. "Há alguns carroceiros que utilizam chicote de maneira muito forte e causam até ferimentos (nos animais)", admitiu.


"Carroçada"
A comemoração do Dia do Carroceiro começou na sede da associação, na rua Teodoro Sobral, bairro Mafrense, e percorreu várias vias da zona Norte, tendo como principal espaço a avenida Centenário. Cerca de 30 trabalhadores participaram do evento. 

A data marca também a expectativa por mudanças que serão implementadas ainda neste ano. Uma delas e a identificação das carroças por placas, para que infratores, como os que jogam lixo em lugares proibidos, sejam reconhecidos. 


Além disso, a categoria busca parceiros para patrocinar um kit com o uniforme, protetor solar e hidratante. As camisas serão de cores diferentes para cada zona da capital. 

Os próximos passos incluem a discussão sobre o horário de descanso dos animais e a luta pelo atendimento veterinário dos mesmos. 

O presidente da associação estima que Teresina tenha cerca de 1.600 carroceiros, enquanto a entidade conta com 200 associados. 

Nova carroça
A única reclamação dos carroceiros até agora é com a mudança do veículo. Dois modelos de carroças com mola diferenciada foram feitos no Tocantins, mas custaram R$ 1.300 cada um. Hoje, os trabalhadores pagam R$ 750 por uma nova.

O modelo mais moderno é feito com material mais leve e tira boa parte do peso de cima do animal. Porém, os carroceiros afirmam não terem como arcar com esse preço. 


José Ferreira Lima Filho pediu a ajuda de autoridades para conseguir baratear o custo da carroça e sugeriu que madeiras apreendidas em ações policiais e confiscadas pelo Ibama possam ser doadas aos trabalhadores para a construção dos veículos. 

No dia 8, no Clube do Gari, haverá o sorteio de uma carroça nova. Incentivadora do projeto, a deputada federal Iracema Portella (PP-PI) foi convidada a participar do evento.

Geísa Chaves (especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (Da Redação)
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