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Governo 'suspende' benefício a campeões mundiais

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Na semana em que o futebol brasileiro chora as mortes de Gylmar dos Santos Neves e Nilton De Sordi, o Governo decidiu ‘suspender' para reavaliação os pedidos de auxílio mensal previsto na Lei Geral da Copa e aprovados no fim do ano passado para os vencedores dos Mundiais de 1958, 1962 e 1970.

A informação foi confirmada ao ESPN.com.br nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa do Ministério da Previdência Social.

O benefício chegou a ser comemorado no final de abril, em encontro no Morumbi, e havia sido assinado pelos ministros Aldo Rebelo (Esporte) e Garibaldi Alves (Previdência Social). Para receber a aposentadoria mensal de R$ 4.159, os ex-jogadores - ou suas famílias, no caso daqueles falecidos - precisavam comprovar a necessidade do valor e entregar a documentação exigida.

Até a última semana, 14 pedidos haviam sido feitos, tendo três deles sido aprovados para recebimento da pensão que foi anunciada como forma de "reparar os descasos do passado e homenagear os campeões mundiais".

Segundo informações do Ministério da Previdência Social, mesmo as aposentadorias que já vinham sendo pagas passarão novamente por um processo de análise. O argumento é o de que a portaria que aprovou os auxílios não definia claramente os critérios para análise. O prazo para que a situação seja resolvida é de até duas semanas.

A medida é uma forma de reduzir os problemas que os campeões mundiais estão enfrentando na comprovação de tempo de trabalho - não tinham carteira de trabalho - e na comprovação de renda.

Outra dificuldade descrita passa ainda pelo trâmite burocrático exigido pela Previdência Social e que, segundo relatos ao ESPN.com.br, tem como maior obstáculo a falta de conhecimento da lei nas agências do INSS. Uma das sugestões dos vencedores de 1958, 1962 e 1970 é que a documentação dos beneficiários seja toda ela reunida em uma só pasta e encaminhada através da Associação dos Campeões Mundiais.

A menos que uma mudança ocorra, a proposta não deverá ser aceita. Existe a preocupação com possíveis fraudes.

O processo vem gerando entraves devido à sua especificidade e por ser acompanhado da análise de renda que a Previdência Social não costuma fazer em seu processo normal. Houve recentemente uma reunião com o ministro Garibaldi Alves para tentar solucionar a questão.

Os campeões mundiais de 1994 e 2002 também serão enquadrados nas mesmas regras quando tiverem idade para receber a pensão.

Ao todo, o Governo já gastou R$ 3,7 milhões com outro benefício aprovado na Lei Geral da Copa, o prêmio de R$ 100 mil destinado aos campeões mundiais. Com exceção de Tostão, todos os 33 atletas ainda vivos receberam o pagamento em abril - De Sordi e Gylmar também tiveram direito ao depósito. Dentre as 15 famílias dos demais falecidos, somente os parentes de Jurandir de Freitas e Everaldo requereram o dinheiro. Não há prazo para fazê-lo.


Fonte: MSN
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