A falta de banheiros químicos em Teresina (PI) fez a Fundação Cultural Monsenhor Chaves decidir que o item não será mais obrigatório nas futuras inscrições de caminhões do Corso 2014, que terminam na próxima segunda-feira (10). Apesar da mudança, a organização do evento orienta que a estrutura deve ser usada por quem conseguiu alugar o seu a tempo.
Daniel Aracacy, presidente da Comissão Organizadora do Carnaval de Teresina, explicou ao Cidadeverde.com que a decisão foi tomada por conta da alta demanda pelos banheiros químicos, que chegaram a ser trazidos de outros estados.
"Para você ter uma ideia, um rapaz que fez a inscrição veio de São Luís (MA) e trouxe um banheiro químico alugado por R$ 60. Quando ele soube da demanda, trouxe o caminhão lotado de banheiros e já acabaram", conta o presidente da COC.
A Fundação Cultural também tem informações de que restam poucos banheiros químicos na capital piauiense, mas os que ainda estão disponíveis são alugados por preços superfaturados, que chegam a até R$ 150.
Segurança
A exigência do banheiro químico foi imposta no regulamento do Corso por questões de segurança. A intenção é evitar que foliões desçam constantemente dos caminhões, correndo o risco de acidentes. As paradas constantes podem também retardar o desfile dos carros enfeitados, uma das principais reclamações dos foliões em 2013.
A Fundação orienta os foliões que já inscreveram seus caminhões que mantenham o banheiro químico. "A gente entende que boa parte das pessoas vai cumprir. Mas a essas alturas, pela própria deficiência do mercado, a gente não pode deixar que as pessoas deixem de brincar por conta de uma exigência da prefeitura", completou Aracacy.
Fábio Lima