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Apenas PM e OAB vão a audiência sobre segurança na Câmara

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Dando continuidade à audiência pública que discutiu a Segurança Pública na semana passada, foi realizada na manhã desta quarta-feira (26) uma nova reunião para definir mecanismos de proteção à juventude e de combate à violência em Teresina. A surpresa dos familiares de pessoas assassinadas presentes no encontro é que apenas a Polícia Militar e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Piauí, participaram das discussões.

Foram convidados para a reunião representantes das Secretarias de Segurança, Justiça, Assistência Social, Juventude, Esportes e Lazer. A vereadora Teresa Britto (PV) lamentou mais uma vez a ausência dos órgãos que têm a função e o poder para ajudar as famílias que sofrem com a violência na cidade. "Como vamos mudar esse temor que as famílias vivem, essa insegurança instalada na cidade se não temos o apoio dos gestores responsáveis pela prevenção?", questionou a parlamentar.

Com a ausência dos órgãos, a vereadora encaminhou audiência com a presidente do TJ-PI, desembargadora Eulália Pinheiro, para cobrar agilidade no julgamento dos processos de acusados de assassinatos, além de audiências com o governador Wilson Martins e o prefeito Firmino Filho, a pedido das famílias.

O coronel Sidney Pires, subcomandante da PM, criticou as determinações do Estatuto da Criança e do Adolescente para a atual estrutura do estado brasileiro. Segundo ele, a Polícia Civil e Militar têm cumprido seu papel de forma integrada, mas a segurança pública depende de um conjunto de ações. "A Polícia tem uma série de restrições, não podemos invadir uma casa suspeita de ser boca de fumo sem mandado. Podemos ser processados criminalmente. A polícia é a última instância e só deve agir quando as outras políticas falham. Essas reuniões são importantes para aumentarmos a segurança da população", ressaltou.

O presidente da Comissão de Apoio Às Vítimas de Violência da OAB, João Washington Melo, alertou para dois pontos cruciais no combate à violência: implementar políticas que impeçam novos jovens de entrar na criminalidade e mudar a política de estado de destruição das instituição, em referência à estrutura insuficiente do Ministério Público e Poder Judiciário.

Robson e Mirla Guerra, pais do menino Phillip Guerra, participaram do encontro. O pai lamentou o desinteresse das autoridades em querer resolver o problema. "Quem deveria estar aqui não está. Nosso secretário de segurança era para estar aqui pelo menos para dizer que estão trabalhando. E o que estamos falando aqui não é novidade. Todas as autoridades sabem, mas ninguém muda essa realidade", lamentou.

Da Redação

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