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Corregedoria de Polícia Civil pede expulsão do delegado Clayton Doce

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A Corregedoria da Polícia Civil pedirá a expulsão do delegado Clayton Doce, preso ontem (20) sob acusação de fraude, extorsão, tráfico e corrupção. A delegada Fernanda Paiva, da Corregedoria, esclareceu que o processo teve atraso por que o delegado não comparecia às convocações.

"Ele sabia que a gente dependia de estabelecer o contraditório e a ampla defesa a ele e protelava quando era convocado para prestar depoimento. Mas agora, estando preso, vai facilitar bastante e, se o entendimento dos julgadores for o mesmo da Corregedoria, ele vai ser demitido", disse Fernanda Paiva.


Do ponto de vista da Corregedoria, pesam sobre Clayton Doce as acusações de uso indevido de viaturas, roubo de energia elétrica e fraudes na prestação de contas.

O delegado Adolfo Henrique Filho, que preside o inquérito, disse hoje (20) que existem quatro inquéritos diferentes apurando as supostas irregularidades cometidas por Clayton Doce. Os crimes são fraude, extorsão, tráfico e corrupção. 

Ele explicou que uma das investigações é sobre o uso de assinaturas falsas no desvio de combustível e recursos que deveriam ser usados no pagamento de despesas para custeio da delegacia regional de Piripiri, órgão que era chefiado pelo delegado.

"Ele criava notas de serviço no valor de R$ 400 usando nomes de pessoas próximas, como se essas pessoas estivessem prestando serviço para a delegacia. Convidamos essas pessoas a irem até as delegacias para elas nos fornecerem suas assinaturas. Elas foram e pudemos comparar as assinaturas", esclareceu.

Delegado Adolfo Henrique, que preside o inquérito

Existe também, segundo Adolfo Henrique, um episódio de pagamento de R$ 30 mil em propina após a equipe da delegacia ter recuperado uma retroescavadeira de um empresário.

"Era uma retroescavadeira de um empresário de Sobral (CE), que foi para a cidade de Brasileira, que é circunscrição da delegacia de Piripiri, e de lá foi furtada. A princípio, ele estaria atuando corretamente. Mas, no final, ele pagou uma importância de R$ 30 mil ao delegado. Essa informação foi confirmada pelo próprio empresário", disse.

Clayton Doce permanece preso no 13º DP até o final do prazo da prisão preventiva.

Leilane Nunes
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