O ex-senador Heráclito Fortes (PSB) comentou hoje (14) as declarações dadas pelo governador Zé Filho (PMDB) de que não coordenará a campanha de Marcelo Castro (PMDB) ao governo do Estado. Heráclito pondera que o governador pode ser responsabilizado pela Justiça Eleitoral caso se utilize a estrutura administrativa para ajudar na campanha.

"Temos que observar que a grande interrogação era como seria o comportamento do Zé Filho depois que assumisse. Ele tem dado declarações coerentes. Ee ele diz que é comandante da campanha a Justiça Eleitral bate em cima dele, até porque também ele tem a tarefa hercúlea de comandar o Piauí. Nos últimos anos foi período em que tivermos governo pró-ativo de realizações. A obra inacabada da Potycabana, a retomada da discussão do porto, a Transcerrados, os rodoanéis em cidades pólos. Nós tivemos obras. O governo do Wilson  comparo com o governo que antecedeu. Foi um governo de promessas. As quatro barragens ficamos na promessa, enquanto outros estados solucionaram seus problemas de energia. Foram fracassadas e o Piauí parou no tempo e no espaço na questão de energia", frisou.

Heráclito afirmou ainda que, em 2010, existiu manipulação de pesquisas no período de pré-campanha e um grupo de "pseudoempresários" e políticos seriam os responsáveis. "Em 2010, esse mesmo grupo político e de pseudoempresários que entraram na política do Piauí e estão aí mandando que induz pesquisas atuou. Uma coisa é um empresário estabelecido, com CNPJ e endereço. Em 2010, todas as pesquisas botavam João Vicente [Claudino] em primeiro. Quando as pesquisas foram abertas o resultado você viu. Os fatos são os mesmos e os personagens que entram na história são os mesmos", declarou.

O ex-senador citou o suplente do senador Ciro Nogueira (PP), Amaury Araújo, que está sendo colocado como presidente da comissão provisória do PROS no Piauí. "Qual o mérito que tem esse cidadão para ser suplente? Piauiense não é, nunca autou no cenário. Imagine se o senador Ciro vai ser ministro, seu João [Claudino] não resolve assumir e esse cidadão de repente assume? Esse cidadão chega e de repente é presidente do PROS?", declarou.

Heráclito defendeu ainda que seja apresentado no Congresso um projeto que obrigue a destinação de 30% da energia ao estado produtor a preço básico praticado no leilão. 

"O Piauí hoje tem um parque eólico em Parnaíba mas não consome uma lâmpada naquele parque. A energia é vendida para fora. Temos o parque da Serra do Araripe e estou com ideia de que se torne obrigatório que o Estado produtor tenha o privilégio de consumir 30% da energia a preço básico do leilão porque não é justo que o Estado não tenha o direito de consumir", afirmou.

Leilane Nunes