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Mauro Iasi defende reforma política com maior participação popular

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O candidato do PCB à Presidência da República, Mauro Iasi, defendeu ontem (2) avanços na democracia direta e maior espaço aos pequenos partidos em uma futura reforma política. Iasi participou à tarde de dois debates, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), intitulados Conjuntura e Poder Popular.

“Acho extremamente necessário uma reforma política. Hoje é inadiável e urgente. Mas não a reforma política nos termos em que está sendo discutida, que fica só na superfície do sistema eleitoral e partidário. É preciso aprofundar as formas diretas de representação e propor mecanismos inovadores de participação popular”, disse Iasi.

Ele criticou a maneira como atualmente é distribuído o tempo de televisão aos partidos e a cobertura das grandes redes à campanha, principalmente ao não convidar todas as siglas para os debates. “Há um certo bloqueio da grande mídia, principalmente a televisiva, que cria a sensação que só existem três candidaturas. Isso com o olhar complacente do TSE [Tribunal Superior Eleitoral], que se mostrou totalmente acomodado com o grau desigual da cobertura jornalística”, disse.

O comunista lembrou os protestos de rua iniciados em junho de 2013 e disse que houve poucos avanços em medidas concretas dos governos para atender as demandas populares. “Era esperado que as manifestações do ano passado sofressem um momento de inflexão. Nós avaliamos que as demandas que ali emergiram, como democracia direta, questionamentos dos gastos públicos, inclusive transporte e educação, não estão sendo ouvidas pelas campanhas do bloco conservador. As classes dominantes do Brasil estão novamente ficando de costas para essa realidade.”

Iasi ressaltou que novas manifestações poderão ocorrer em 2015, durante o próximo governo eleito nas urnas, mas em um novo nível de protesto. “Nós apostamos, na construção do poder popular, é que essa explosão espontânea e heterogênea, como foi no ano passado, possa ser retomada em um patamar mais avançado em um futuro próximo, tendo uma base social para transformações mais profundas. O certo é que nenhuma das grandes questões cobradas no ano passado encontraram respostas, como na questão do transporte, da educação e da saúde. É uma surdez muito clara desses setores dominantes”, disse.

Fonte: Agência Brasil
 
 

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