A federação Internacional de Vôlei (FIVB) se pronunciou pela primeira vez após a ousada decisão da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) de desistir de sediar as finais da Liga Mundial de 2015. Por meio de comunicado oficial divulgado à imprensa, a entidade que comanda o vôlei mundial negou qualquer tipo de influência de seu presidente, Ary Graça, na punição a Bernardinho e mais três jogadores brasileiros por incidentes ocorridos no Mundial da Polônia (que motivou a revolta da CBV). Além disto, ameaçou punir a confederação nacional caso a desistência seja confirmada.

No texto enviado aos veículos de imprensa, a FIVB declara que “Ary Graça não tem qualquer ingerência na decisão” da federação, que decidiu por punir três jogadores (Mário Junior, Murilo e Bruninho) e o treinador da Seleção Brasileira masculina de Vôlei, Bernardinho, “tendo em vista sua conduta durante o Mundial de Voleibol na Polônia em 2014”.

O posicionamento da FIVB surge para rebater o que a CBV, por meio de nota divulgada na última sexta-feira, disparou. A confederação declarou que a punição da entidade presidida por Ary Graça tratava-se de uma “demonstração de retaliação ao posicionamento da CBV frente aos indícios de irregularidades apresentados pela CGU” na quinta-feira.

Isto porque a decisão da FIVB foi tomada depois de a CBV acionar judicialmente os responsáveis pelos contratos e pagamentos suspeitos apontados pela Controladoria Geral da União (CGU) em relatório divulgado na quinta, os quais foram assinados durante a gestão de Ary Graça.

Ao fim da nota, a FIVB lamentou a atitude da CBV por desistir de sediar as finais da Liga Mundial de Vôlei e ainda ameaçou punir a confederação caso a decisão seja oficializada. O comunicado diz que, se a desistência de fato ocorrer, a CBV “arcará com todas as penalidades impostas pelo Regulamento Esportivo e pela Constituição da FIVB”.

Fonte: Terra