A Polícia Militar deve confirmar em março a expulsão do capitão David Márion Barros Araújo, ex-comandante do policiamento de Pedro II, cidade localizada 180 quilômetros ao Norte da capital Teresina. Na última terça-feira (16), o Governo do Estado anunciou o afastamento do militar após denúncias de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. Somente em 2014, 13 PMs foram expulsos da coorporação.

Corregedor adjunto da Polícia Militar, o coronel Ricardo Lima disse no Notícia da Manhã desta quinta-feira (18) que David Márion já responde a processo administrativo e que a conclusão desse trâmite deve ser finalizado em um prazo de 50 dias, a contar a partir do dia 20 de janeiro, quando o recesso do Tribunal Militar será encerrado.

"Adotamos essa providência (afastamento) por imposição da lei. No processo administrativo-disciplinar, o acusado terá condições de se defender e se justificar. O Conselho de Justificação vai avaliar se ele é digno de permanecer no cargo", explicou o corregedor adjunto da Polícia Militar.

O coronel Ricardo Lima lembra que antes do afastamento de David Márion, a PM já expulsou 13 policiais militares em 2014. "Não são fatos rotineiros, mas apresentam conotação de gravidade. O Conselho de Justificação vai apreciar a capacidade ética do acusado", argumentou.

Acusado de ser cúmplice de sua esposa, a ex-diretora do Juizado Especial de Pedro II, Esmaela Pereira Macedo, que supostamente cobrava propina na expedição de alvarás, David Márion, além de responder ao processo administrativo dentro da Polícia Militar, também está respondendo em âmbito criminal. Indícios apontam que ele adquiriu um patrimônio de cerca de R$ 300 mil entre 2008 e 2011, incompatíveis com a renda familiar do casal.

Flávio Meireles
Com informações da TV Cidade Verde
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