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No sétimo dia da morte no Porto Alegre, moradores fazem passeata vestidos de branco

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Vestidos de branco, com cartazes e balões brancos, dezenas de pessoas realizaram uma passeata contra a falta de segurança e principalmente contra a impunidade, na manhã deste domingo(01), no bairro Porto Alegre e reuniu várias pessoas de outros bairros da zona Sul que tiveram familiares vítimas da criminalidade. 

Hoje faz sete dias que a atendente de telemarketing Ariane Sousa foi morta, por volta das 6h30, quando se dirigia para o ponto de ônibus e foi rendida por uma dupla que anunciou o assalto. Segundo a polícia, Ariane quis reagir e foi assassinada com um tiro. 

Os dois acusados de matar a jovem de 26 anos já estão detidos, um deles é menor. Por conta disso, além da falta de segurança, os manifestantes de hoje pedem é que eles permaneçam reclusos. 

O pai de Felipe Guerra, morto no dia 18 de fevereiro do ano passado, quando esperava uma pizza na porta de casa, também participou da caminhada. Robson Guerra disse que desde aquele dia sua vida mudou e faz questão de incentivar e estar presente nas mobilizações, porque assim tem como exigir que os menores sejam punidos por seus crimes. 

“No Brasil não tem Justiça. A punição aqui é para quem morre, porque quem mata e tem dinheiro para pagar advogado ou se é menor sai da prisão rapidinho”, disse Maria do Rosário de Fátima, que perdeu a filha, Francisca Ruthinéia dos Santos Fontenele Rocha, 32 anos, em junho de 2014, quando o genro, Felipe Pinto da Rocha Neto, 35 anos, a matou na frente dos filhos no bairro Saci. Segundo ela, Felipe foi solto no último dia 13 de janeiro. 

Na mobilização também estavam familiares de Richarlisson Gomes, 17 anos, que também foi morto no Promorar na porta de casa, segundo parentes, por engano. Do estudante do Senai,  Walef Tarso, 17 anos, morto na praça do Esplanada, por causa da namorada e o acusado seria um adolescente de 17 anos.    

A líder comunitária Claudete Oliveira disse que uma comissão está sendo criada para ir até Brasília para modificar a lei e reduzir a impunidade. 


Caroline Oliveira 
Com informações da repórter Indira Gomes (TV Cidade Verde)
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