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Família pede justiça após homem matar esposa e responder processo livre

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A família de Rutinéia dos Santos Fontenele, assassinada pelo marido Felipe Rocha Pinto Neto em junho do ano passado, quer justiça. Depois de passar alguns meses preso, ele foi solto e isso acabou gerando revolta entre os parentes mais próximos.

Rutinéia, de 32 anos, foi assassinada por Felipe em 16 de junho de 2014. O crime ocorreu na residência em que morava o casal, no bairro Saci, na zona Sul de Teresina. Para a família, ele era bastante agressivo e matou por motivos banais.

"Ele era um marido que demonstrava ser um bom pai. Só que eu sabia que era fingimento, porque ela me contava o que passava entre o casal. Ele era muito agressivo, chegava a derrubar ela da cama quando chegava das festas", comenta a irmã Dulcinéia de Fátima.

Felipe chegou a ser preso duas semanas após o crime como réu confesso, mas foi solto no início de 2015. Para a família, a liberdade do acusado gera revolta. Todos querem justiça. "Só está com sete meses que a minha irmã veio a falecer, e ele está solto, de boa. Só passou seus meses na cadeia. A gente veio pedir justiça, porque foi uma mãe assassinada na frente dos filhos, uma coisa que os filhos não esperavam, uma coisa que eles nunca mais vão voltar a ter", argumenta Dulcinéia.

"Ele andou até querendo comprar arma de fogo. Disse que tinha que fazer uma morte que não poderia dar errado. A gente fica muito triste, sem saber o que fazer e para quem apelar", emenda a mãe, Francisca dos Santos.

O advogado de Felipe, Francisco da Silva, oferece uma outra versão sobre a morte de Rutinéia no que se refere à presença dos filhos dentro da residência do casal no dia do assassinato. Ele também destaca o motivo de seu cliente ter sido colocado em liberdade durante o restante do processo. "O prazo previsto na lei é de 90 dias. O réu já estava preso o dobro do prazo. O juiz nada mais fez que aplicar a lei", diz.

"Está nos autos um depoimento de uma das testemunhas, a senhora Rosa, que foi bem clara ao depor que, ao chegar a ouvir os gritos dentro da casa, quando adentrou a casa, o casal estava trancado dentro do quarto. Então, ela bateu à porta e disse: 'A Polícia está chegando'. Ao dizer isso, o Felipe saiu e foi embora. Ela também disse no seu depoimento que, quando Felipe saiu e já estava na rua, o filho menor, de sete anos, estava do lado de fora da casa, sentado na calçada. Então, em momento algum o crime ocorreu na presença de qualquer dos dois filhos do casal", completa.

Duas audiências já foram marcadas para solucionar o caso, mas foram adiadas por problemas envolvendo a própria Justiça. A próxima ocorre no dia 8 de maio.

Flávio Meireles
Com informações da TV Cidade Verde
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