O Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado amanhã (24), será marcado por uma mobilização durante toda a manhã no Shopping da Cidade. A ação, promovida pela Prefeitura de Teresina, contará com orientações sobre a doença e encaminhamento para exames especializados.
 
Uma equipe de médicos, enfermeiros e outros profissionais da Fundação Municipal de Saúde (FMS) estará com um estande no local, com o objetivo de fazer a divulgação da tuberculose, para que a população fique ciente dos riscos e procure o sistema de saúde em casos de suspeita.
 
“Estaremos tirando dúvidas, distribuindo material educativo e solicitando encaminhamentos para exames de pessoas com sintomas de tuberculose”, conta o coordenador do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, Gilvan Carvalho. Além disso, estarão disponíveis à população exames rápidos de detecção do HIV.
 
A Tuberculose é uma doença com tratamento gratuito e que garante uma cura completa, sem riscos de recidivas. Pessoas que apresentam tosse com expectoração por três semanas ou mais podem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima e realizar o exame para confirmar o diagnóstico, dando início em seguida ao tratamento com medicamentos disponíveis na atenção básica. “O processo dura seis meses, mas apresenta uma evolução rápida e em cerca de 30 dias o paciente já não transmite a doença”, afirma Gilvan Carvalho.
 
No ano passado, a FMS identificou 278 novos casos de tuberculose na cidade. De acordo com dados do Ministério da Saúde, Teresina apresentou uma taxa de apenas 4,8% de mortalidade por tuberculose entre os casos registrados em 2013, e uma taxa de abandono do tratamento da doença de apenas 7,6%, o que indica o compromisso dos portadores em seguir corretamente. “Os dados de 2014 ainda estão em aberto, pois o tratamento é longo e o sistema de saúde oferece um prazo de 15 meses para que eles sejam computados”, esclarece o coordenador do programa.
 
Trata-se de uma doença infectocontagiosa produzida por uma bactéria (bacilo), transmitida pelas vias respiratórias, que acomete principalmente os pulmões, mas também se dissemina para outros órgãos. “Quanto antes identificada e o tratamento iniciado, mais efetivo será o processo de cura da tuberculose”, finaliza Gilvan.
 
Médico da PMT palestra sobre Febre do Nilo em Brasília
 
O médico infectologista Marcelo Adriano, da Fundação Municipal de Saúde (FMS), é um dos palestrantes do “I Seminário e Workshop sobre o vírus do Nilo Ocidental no Brasil”, que está acontecendo a partir de hoje (23) e segue até 25 de março, em Brasília.
 
A Gerência de Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde de Teresina foi a responsável pela identificação do primeiro caso suspeito de Febre do Nilo no Brasil, através da implantação do Programa Piloto de Monitoramento das Encefalites Agudas no município. O programa funciona há pouco mais de um ano.
 
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, juntamente com a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí vai apresentar durante o evento em Brasília os procedimentos de atendimento médico-hospitalar a serem adotados para os casos suspeitos da Febre do Nilo Ocidental. Por ter sido o primeiro caso registrado no país, o Piauí tornou-se referência nacional, daí a adoção de um protocolo de atendimento aos casos suspeitos. 

Durante o “I Seminário e Workshop sobre o vírus do Nilo Ocidental no Brasil”, o Piauí fará o lançamento para mais de 60 especialistas, tanto do Brasil como do exterior, que poderão adequar este protocolo, conforme a localidade.  

Com a intenção de preparar os profissionais de saúde de Teresina para a vigilância e abordagem de casos suspeitos de Febre do Nilo Ocidental, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) lançou este mês a nota técnica nº 001/2015, com orientações sobre o manejo da doença. 
 
A FMS espera com a nota técnica familiarizar os profissionais de saúde com as possíveis e diferentes formas de apresentação clínica da doença, visando o reconhecimento precoce e notificação para investigação laboratorial de novos casos suspeitos; além de estabelecer o fluxo de encaminhamento de pacientes para investigação e tratamento mediante a suspeita; e por fim instruir os profissionais a não abster-se de intervenções terapêuticas específicas para doenças mais frequentes no nosso meio e com maior potencial de gravidade e mortalidade enquanto aguardam a confirmação do diagnóstico da Febre do Nilo.  
 
“Doenças como dengue e meningite podem ter sintomas e sinais semelhantes, mas exigem maior urgência na aplicação de terapêutica pertinente específica e distinta para cada condição”, explica Marcelo Adriano, neurologista da Gerência de Epidemiologia da FMS.
 
Seminário

O “I Seminário e Workshop sobre o vírus do Nilo Ocidental no Brasil” é promovido pelo Ministério da Saúde e foi planejado por conta da doença ter sido confirmada no país. O evento pretende discutir que medidas os estados e municípios devem adotar, caso ocorram outros casos suspeitos e/ou confirmados do vírus da Febre do Nilo.

O Brasil teve um único caso confirmado, no município de Aroeira do Itaim(PI), a 340 km ao sul de Teresina. A confirmação ocorreu em outubro de 2014. Uma ampla investigação de campo foi realizada no sentido de identificar possíveis casos suspeitos, o que não se confirmaram.

Da Editoria de Cidades
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