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Secretário: débito de 200 milhões gera entraves na Saúde do Piauí

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O secretário de Saúde do Piauí, Francisco Costa, declarou que a falta de condições financeiras da pasta tem gerado entraves na resolutividade dos hospitais regionais do Estado. Segundo ele, a Secretaria tem mais de R$ 200 milhões em débitos, sendo R$ 15 milhões somente com hospitais regionais.

Fotos: Thiago Amaral/Cidade Verde

 

"Estamos fazendo o possível para conseguir um acordo para o pagamento dessa dívida e os hospitais já retomaram os atendimentos. Na área dos medicamentos, por exemplo, o débito era de R$ 7,5 milhões, mas conseguimos parcelar e as empresas já voltaram a fornecer", disse o gestor, acrescentando que os problemas relacionados à falta de medicamentos dizem respeito à logística de distribuição das empresas.

Ainda sobre as dificuldades financeiras, o gestor informou que neste momento não é possível pagar a insalubridade dos funcionários, mas destacou que o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), está sensível à causa. Disse ainda que o Plano de Cargos dos Auditores da Saúde depende da Secretaria de Administração e do posicionamento do governador. "Mas o processo já está em tramitação e estamos aguardando resposta", explicou.

Hospital de Valença

Após denúncia de que a sala de partos do Hospital de Valença não está funcionando, Francisco Costa explicou que foi encontrada uma rachadura nas paredes do local, que abrangeu a sala de parto e uma das salas de cirurgia. "Uma equipe de especialistas foi ao local e constatou que havia risco de desabamento, por isso as salas foram interditadas, mas, enquanto o problema não é resolvido, uma enfermaria foi adequada para ser sala de parto", completou.

Reforma do HGV

O secretário destacou que o Hospital Getúlio Vargas passará por uma reforma para dobrar a capacidade do centro cirúrgico e para atender à demanda das cirurgias cardíacas. "Esse é um problema delicado. Alguns hospitais da rede privada que fazem esse procedimento em Teresina já pediram o descredenciamento da rede e teremos que implantar o serviço de cirurgia cardíaca no HGV, com 10 leitos para UTI", esclareceu.

Francisco informou que a reforma está em fase de licitação e a obra levará cerca de três meses para ser concluída. "Mas, como não temos esse tempo, estamos adquirindo alguns equipamentos e esperamos iniciar as cirurgias cardíacas já em maio", finalizou.

Jordana Cury
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