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Após Polícia Civil suspender operações e prisões, 60 presos serão transferidos da Central

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A superlotação da Central de Flagrantes de Teresina levou a Polícia Civil a suspender, ontem (8), operações e prisões em flagrante por tempo indeterminado em Teresina. A situação levou o governador Wellington Dias a convocar uma reunião de emergência onde ficou definido a transferência de 60 dos 80 presos da delegacia ainda nesta quinta-feira (09). 

"Em função da problemática, o governador nos convocou para uma reunião de emergência. A solução definitiva será a transferência dos presos da Central para o presídio de Altos, falta só o trâmite burocrático. Isso ocorrerá em prazo médio de 30 dias, mas como solução imediata, hoje serão retirados 60 presos para outros presídios", disse o secretário de Segurança, Fábio Abreu. 

Os presos serão encaminhados à Irmão Guido, Casa de Custódia e presídios do interior como Floriano e São Raimundo Nonato. 

"A Secretaria de Justiça irá fazer esse remanejamento e vamos retomar a rotina normal. Quem comete um crime tem que ser preso. A partir do momento que se apresenta o flagrante, a responsabilidade passa para o sistema prisional, para a secretaria de Justiça. Os presos serão mandados para onde houver vagas", reitera Abreu.

Entrevista ao Notícia da Manhã, o secretário de Justiça, Daniel Oliveira, lamentou as declarações do delegado Luci Keiko, Gerência de Policiamento Metropolitano (GPM), que resolveu paralisar as operações e prisões em flagrante devido a falta de vagas no sistema carcerário. Ele caracterizou o desabafo como um momento de estresse e dificuldade e reforça que a equipe de Segurança permanece unida e harmônica. 

"Lamentamos o episódio. Foi um momento de estresse. Quando existe prisões, a solicitação de vagas nos presídios e a secretaria de Justiça não tem a resposta de imediato, tem que ocorrer o  diálogo, pois a polícia não pode parar. Só se resolve as coisas conversando e não jogando o caso para a plateia. Até 2018, teremos um cenário moderno e tecnológico, avançando na paz social", defende Oliveira. 

Para que a Central de Flagrantes não volte a superlotar novamente, deverá haver a transferência permanente de presos para Altos, assim que houver a inauguração do novo presídio, previsto para maio. 


Graciane Sousa
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