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Fifa suspende Jobson por 4 anos, e atacante não joga a final do Carioca

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O atacante Jobson, do Botafogo, está suspenso do futebol por quatro anos. A punição acontece por ele ter se negado a fazer um exame antidoping enquanto atuava no futebol da Arábia Saudita em 2014. Sempre existiu a dúvida sobre a validade da pena fora do país árabe, mas nesta sexta-feira (24) a Fifa confirmou que a suspensão é válida em todo mundo.

O Botafogo já foi notificado, e o departamento jurídico está analisando o caso. De acordo com Marcos Motta, advogado do atacante, a decisão da Fifa não causa surpresa, mas as medidas legais já estão sendo tomadas para que o jogador esteja em campo no segundo jogo da final do Campeonato Carioca, diante do Vasco.

"É uma determinação da Fifa. Os métodos adotados na Arábia são até certo ponto questionáveis, mas não nos pegou de surpresa. Ele terá que acatar a decisão da entidade máxima e não vai para o primeiro jogo da final. Não tem jeito. Já conversei com o Jobson e ele está ciente. Vamos manejar e entrar com a apelação na semana que vem para conseguir pelo menos um efeito suspensivo. Com certeza vamos impetrar a primeira apelação", disse.

Entenda o caso

Há um ano, Jobson foi notificado de que estaria suspenso por quatro anos por ter se recusado a fazer um exame antidoping no dia 25 de março de 2014 pelo Antidoping da Arábia Saudita. O documento dizia que a suspensão preventiva vale para jogos "internamente e externamente". De acordo com a nota, o jogador se omitiu a realizar o teste e não deu ouvidos aos avisos subsequentes. O Comitê Antidoping afirma ter comunicado, primeiramente, o clube sobre a infração. Depois, o jogador teria sido procurado pessoalmente através de telefone e até mesmo em sua residência, não sendo encontrado. 

Por fim, Jobson teria faltado a duas audiências no Gabinete da Presidência Geral da Juventude e Bem-Estar de Jidá. O comunicado do comitê lembrou que o jogador já teve outros dois problemas com doping, em 2009, testando positivo para o uso de cocaína, o que o deixou afastado dos gramados, primeiramente, por sete meses, e, depois, por mais seis.

Os advogados do atacante, no entanto, sempre afirmaram que o que aconteceu na ocasião foi uma arbitrariedade. A principal tese levantada pelos responsáveis pela defesa de Jobson é de que trata-se de uma espécie de represália, já que o atacante acionou o Al Ittihad na Fifa para receber salários e outros pagamentos devidos. Como o clube tem força na Federação Saudita, teria havido uma suposta articulação para punir o jogador numa situação no mínimo incomum quando se trata de um procedimento antidoping.

Jobson voltou a entrar em campo e reestreou com a camisa do Botafogo apenas no dia 20 de outubro do ano passado, no empate com o Sport, pelo Campeonato Brasileiro. Atualmente, o jogador negocia a renovação do contrato com o clube alvinegro.

Fonte: GloboEsporte.com

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