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“Modelo de financiamento de campanha não pode continuar”, diz relator

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O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) disse que não há consenso entre o financiamento de campanhas eleitorais, um dos pontos discutidos na reforma política. De acordo com o parlamentar, o atual sistema eleitoral do país é um dos piores do mundo e, mesmo com divergências, há uma tendência para que o financiamento misto, com mais algumas restrições, prevaleça.

“O sistema eleitoral tem muitas deficiências e um dos piores do mundo. Dificilmente vamos conseguir fazer algo pior do que está aí. O consenso que há é que o atual modelo de financiamento de campanha não pode continuar, pois desde o advento da redemocratização no país, temos sucessivos escândalos como Mensalão, Lava Jato, esquemas envolvendo políticos e financiamento de campanha. Chegamos ao absurdo de um funcionário de um terceiro escalão da Petrobras, por meio de delação premiada, devolver R$ 300 milhões. Ele nem era presidente ou diretor e devolveu todo esse dinheiro. Chegamos ao fundo do poço”, disse Castro. 

O relator explicou a tendência para que o financiamento misto de campanha- com recursos públicos e privados- prevaleça, porém com algumas novas regras. Além do teto percentual de 2%, teria um teto em valor absoluto, que não ultrapassasse R$ 800 mil. 

“A parte privada tem uma dúvida: uns querem que o financiamento privados seja apenas de pessoas físicas; outros, além de pessoa física querem pessoa jurídica. Mas mesmo quem deseja que as empresas continuem doando quer que haja um limite, pois o atual não vale nada. Ele estabelece que a empresa doe até 2%, esse teto pode ser de R$ 10 mil a R$ 100 milhões, dependendo do porte da empresa”, explica. 

 

Graciane Sousa
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