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Por falta de reforma na casa do estudante, 25 universitárias moram em escola há 5 anos

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Cerca de 25 estudantes universitárias que estudam em Teresina, mas são do interior do estado, estão morando em uma escola desativada, depois que foram retiradas da Casa do Estudante Feminina, localizada no bairro Piçarra, para uma reforma do local. O problema é que essa mudança foi feita ainda em 2010 e a reforma nunca aconteceu. 

De acordo com a estudante Graziela Costa, elas estão abandonadas, dormindo em salas de aula. “Nossa situação é de abandono, nós viemos porque o estado divulga que ampara as estudantes e quando chegam aqui a situação é de abandono e em situação precária”, destacou. 

Além disso, as estudantes reclamam que a cerca elétrica está desativada, só há um sanitário para todas as mulheres, as estantes de livros são usadas para guardar mantimentos e panelas e tudo de forma muito precária, já que a própria escola também está com a estrutura danificada. 

Elas alegam também que já foram assaltadas, levando alimentos e pertences das meninas. 

Graziela Costa disse que cobram da Secretaria de Educação uma solução, mas são só promessas. “Toda semana eles vêm aqui, dizendo que semana que vem vão retomar a obra, mas é só promessa. Eu apelo para a secretária Rejane Dias, que como nós também veio do interior para estudar, que ela se sensibilize pela nossa situação e nos dê uma resposta para concluir a obra”, apelou. 


 
Uma estudante de Medicina já teria trancado o curso porque não conseguia viver no local, onde até a alimentação é precária.


Seduc se reunirá com estudantes

A supervisora de ensino da Secretaria de Educação, Viviane Fernandes Farias, informou que vai marcar uma reunião com os estudantes para buscarem uma providência sobre a residência estudantil.

Viviane Farias lembrou que a casa foi instituída para abriga alunos do ensino médio que estudavam na capital. Vários municípios não tinham ensino médio e a Seduc foi obrigada a manter uma casa em Teresina. Com o acesso ao ensino nos municípios, a residência ficou obsoleta. Atualmente, abrigam estudantes que cursam a universidade.

“Vamos fazer uma reunião com a supervisão de gestão e ensino para encontrar uma solução. Não temos interesse de deixar os estudantes desalojados. É um problema da gestão passada, mas vamos recebe-los para ouvi-los e encontrar uma saída”, garantiu Viviane Farias. 


Caroline Oliveira
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