A maior prova de que Dunga se equivocou ao considerar uma boa Copa América do Brasil aconteceu nesta terlça-feira, em Concepción. A Argentina mostrou a essência do futebol brasileiro. Com Messi inspirado, aplicou uma goleada por 6 a 1 na semifinal sobre o Paraguai, rival limitado, mas brigador, que tirou uma Seleção Brasileira sem brio da competição.
Foram 40 minutos de um desfile argentino. No ritmo do legítimo tango, os comandados de Tata Martino foram amplamente superiores. Deixaram o Paraguai acuado e abusaram das jogadas em velocidade e trocas rápidas de passes. Se Messi não estava em uma etapa inicial artilheira, foi responsável pelos passes para os gols de Rojo, após cobrança de falta, e Pastore, depois de arrancar do meio de campo, como faz no Barcelona.
Além de perdidos, os paraguaios estavam sem sorte. Em um espaço de três minutos estavam em desvantagem de dois gols e perderam jogadores importantes: Derlis González e Roque Santa Cruz. Quando todos imaginavam que o intervalo seria uma pausa do massacre, o cenário mudou. Lucas Barrios, que veio do banco, aproveitou saída errada da zaga adversária e diminuiu. O empate só não saiu antes dos primeiros 45 minutos porque Bobadilla errou a finalização.
Os 15 minutos de intervalo trouxeram a lógica e a aula dos hermanos de volta. Em menos de dez minutos, dois gols de Di Maria. O segundo com a assinatura de Messi, que fez um verdadeiro carnaval com direito a caneta e tudo. Qualquer estrutura emocional do Paraguai terminou por ai.
E foi a vez de se deliciar com o camisa 10 argentino, tendo atuação por sua seleção digna das que faz pelo Barça. É bom destacar também como Pastore cresceu de rendimento e foi outro grande nome argentino. Agüero e Higuaín fecharam o festival argentino em Concepción.
O brasileiro Sandro Meira Ricci, muito contestado devido à atuação nas quartas de final, teve uma atuação tranquila e não influenciou ou teve qualquer participação direta no resultado final.
O jejum de títulos novamente chega perto do fim. Para isso, os argentinos precisam superar o Chile e sua torcida no Nacional no sábado. Acima de tudo, o jogo de Concepción foi uma aula também para Dunga, Neymar, enfim, o futebol brasileiro. No fim, nos livramos de um novo 7 a 1.
Fonte: Lancenet
