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Jorge Henrique decide, e Vasco derrota o Flamengo no Maracanã

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Um clássico ao pé da letra. Disputado, entradas violentas, expulsões, pênalti não marcado e festa da torcida. Com todos os ingredientes, o Vasco ganhou um fôlego para o restante da temporada ao ser superior e vencer o Flamengo por 1 a 0 no Maracanã, gol de Jorge Henrique, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Em sua estreia no comando do time, o técnico Jorginho surpreendeu ao escalar Riascos no ataque, com dois jogadores nas pontas, Julio dos Santos e Jorge Henrique, e Nenê por trás na armação. Cristóvão colocou o time de maneira ofensiva, com Ederson, Everton, Sheik e Guerrero.

Na partida de volta, na próxima quarta-feira, no Maracanã, o Vasco pode empatar para avançar às quartas de final da Copa do Brasil. Vitória do Flamengo por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Os rubro-negros só avançam diretamente caso vençam a partir de dois gols de diferença.

O clássico no Maracanã mostrou desde o início que os jogadores entendiam ser uma partida bem diferente. O Vasco afoito do Brasileiro ficou para trás. Entrou em campo um Vasco mordido, com marcação alta. E até afobada. Em três minutos, três bordoadas em jogadores rubro-negros. Julio dos Santos levou cartão amarelo. Mas o clássico estava a mil.

A ideia de Jorginho era clara: Julio dos Santos na direita, Jorge Henrique na esquerda, Nenê pelo meio e Riascos correndo feito louco na frente. O Fla, do outro lado, fazia quase o mesmo. Sheik atacava pela direita, Everton pela esquerda, Ederson centralizado e Guerrero na frente. O jogo era pegado, firme.

Com tanto apetite das equipes, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro decidiu ser menos rigoroso para a marcação de faltas. Até mesmo em toques mais leves, o jogo parava. Com isso foram duas grandes chances no primeiro tempo, uma para cada lado. Aos 15 minutos, Sheik tocou na entrada da área para Ederson. Marcado, o camisa 10 fez o pivô e, de primeira, rolou para Guerrero, livre na área. O peruano vacilou e parou em Martín Silva, que saiu bem do gol e, com a perna, tocou evitou o gol rubro-negro.

O Maracanã, com ampla maioria do Flamengo na arquibancada, urrou de raiva. Não só pelo gol perdido. Mas porque quatro minutos depois Julio dos Santos esticou bola na direita para Madson. Wallace se atrapalhou na marcação e deixou o lateral passar por ele, cruzando para o centro da área. Nenê matou a bola na marca do pênalti, ajeitou e quis bater bonito, de chapa, no alto. César espalmou a bola e evitou o gol vascaíno. Dois minutos depois, Julio dos Santos arriscou chute de fora da área e assustou César de novo.

A partir daí, a doação aumentou. Carrinhos, faltas, discussões, dedo no olho. Mas jogo truncado, sem maiores emoções. Rebatidas, reclamações. Um clássico. O nível de entrega era altíssimo. O desgaste físico, também. E o primeiro tempo chegou ao fim com o empate sem gols.

Na segunda etapa, os times voltaram com a mesma formação. De cara, Márcio Araújo derrubou Riascos na frente da área. Rodrigo, no entanto, cobrou a falta na barreira. O Flamengo mostrava cansaço e começava a dar espaços. Com sete minutos, em escanteio cobrado na área do Flamengo, Sheik puxou claramente Anderson Salles. Pênalti claro que o árbitro Ricardo Marques Ribeiro preferiu ignorar.

Os espaços para o Vasco eram maiores e cada vez mais evidentes. Com 12 minutos ficou, então, escancarado. Riascos recebeu bola pelo lado direito e cruzou para grande área. Com um espaço enorme, cedido de forma até gentil pelos zagueiros Wallace e Marcelo, Jorge Henrique bateu de primeira, no ângulo esquerdo de César. Sem chances. 1 a 0.

O Flamengo, então, se descontrolou em campo. Partiu com tudo para o ataque, oferecendo mais espaços para sofrer um contragolpe. Aos 22 minutos, em cruzamneto na área, Guerrero ajeitou para Everton, que tentou emendar de cabeça, mas acabou bloqueado. Dois minutos depois, Jajá, que entrara na vaga de Ederson, tentou tocar bola para Jorge no lado esquerdo. Madson interceptou e partia com tudo para o ataque quando foi imediatamente derrubado por Wallace. Segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho para o capitão rubro-negro.

Com a expulsão, os espaços que o Vasco tinha para tocar bola no campo de ataque ficaram ainda maiores. E, com mais tranquilidade, o time passou a chegar com mais frequência na frente. Riascos, aos 32 minutos, emendou chute por cima do gol de César. Na arquibancad,a a torcida rubro-negra, em ampla maioria, xingava Cristóvão. Os vascaínos, de seu lado, faziam a festa. Com razão. Pela terceira vez em 2015, o Vasco bateu o maior rival e abraça a vantagem para eliminá-lo. 


Fonte: ESPN

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