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Reitor quer implantar catracas e guaritas para evitar assaltos na Uespi

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O reitor da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Nouga Cardoso, anunciou nesta terça-feira (28) que nos próximos 15 dias será apresentado um projeto para a construção de guaritas e identificação inteligente de alunos e servidores. A identificação poderá acontecer por meio de cartão magnético ou impressão digital.

O reitor informou que o governador Wellington Dias fará uma visita à Uespi na primeira quinzena de novembro e o projeto será entregue a ele. A previsão é de que seja destinado o valor de R$ 26 milhões para a melhoria da estrutura da instituição, especificamente, no campus Poeta Torquato Neto, onde as ações criminosas têm sido frequentes. Para ele, essa será a solução definitiva para o problema.

A presença da polícia dentro da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), após frequentes assaltos, deve continuar. Contudo, os policiais devem se manter no entorno do campus. 

"Nós temos agido de acordo com os acontecimentos imediatos, mas não queremos que a presença da polícia seja uma constante. Acredito que o controle de entrada de pessoas no campus pode coibir esses crimes. 

Terá que ser um controle inteligente. Por meio de crachá não será possível, então a identificação poderá ser por cartão eletrônico ou impressão digital", declarou o reitor.

Dentre as ações poderá haver monitoramento por meio de catracas e cartões eletrônicos para alunos e servidores. Visitantes também terão seus cartões para acessarem o espaço da universidade. 

O coronel Vicente Carlos, comandante do 9º BPM, disse que, no momento, a polícia permanece dentro da Uespi e uma viatura faz rondas na área externa da instituição. Na audiência foi decidido que a PM deve deixar o campus.

"As pessoas nem sempre gostam da presença da polícia dentro da instituição. Estamos há 15 dias dentro da Uespi e de acordo com os encaminhamentos, a PM deve ficar a partir dos próximos dias na área externa", disse o coronel. 

Nouga Cardoso comentou o assunto e disse que muitos alunos e professores consideram a presença de homens fardados um reflexo da falta de liberdade dentro da universidade. Mesmo assim, a insegurança tem sido presença constante para todos. Uma das medidas dos diretores de alguns centros foi colocar fechaduras e olhos mágicos dentro das salas de aula. 

"Infelizmente essa foi uma medida necessária tomada por alguns diretores. Espero que, em breve, que isso não seja necessário, porque considero a presença das fechaduras e olhos mágicos, uma agressão maior do que a presença de assaltantes", destacou o reitor. 

Luana do Nascimento, estudante do curso de Letras-Espanhol, disse que foi assaltada no último sábado (24), assim que saiu da Uespi. Para a universitária, a presença da polícia representa um pouco de tranquilidade na instituição. 

"Normalmente fico aqui à tarde e não tem ninguém, a Uespi fica completamente deserta. Dá muito medo, porque não tem nem aluno. Quando fui assaltada, era 11h30, eles chegaram e pediram meu celular e de uma amiga. A gente fica muito assustado", declarou. 

Keila Gomes e Ysnara Oliveira, alunas do curso de Pedagogia, acreditam que a colocação de guaritas e o controle de entrada de pessoas pode prejudicar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. 

"A longo prazo um processo de integração com a comunidade representaria a resolução de muitos problemas. A Uespi tem projetos de capoeira e música que poderiam ser ampliados", declarou Ysnara. 

"Representa inclusive a perda da dignidade para os estudantes precisarem estudar dessa forma, sem a segurança garantida a nós. É algo que nos angustia. Quando formos para a prática do nosso trabalho também passaremos essa insegurança aos nossos alunos", disse Keila.  

 

Maria Romero (Flash)
Graciane Sousa (Da Redação)
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