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Marcelo Castro diz que orçamento da Saúde terá déficit e repasses devem atrasar

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O ministro da Saúde Marcelo Castro (PMDB) informou que o repasse de recursos para serviços de saúde como para hospitais e programas como Farmácia Popular devem atrasar. Em entrevista à Folha on line, ele contou que diante das restrições orçamentárias, alguns repasses inevitavelmente vão atrasar e explicou que o repasse só deve ser feito em janeiro, quando deveria sair em dezembro.

De acordo com Marcelo Castro, o cálculo de financiamento para a saúde terá um déficit de R$ 7,5 milhões em 2016 e que “o que hoje está ruim vai piorar”.

Marcelo Castro informou, contudo, como forma de não alarmar a todos, que “a situação já aconteceu o ano passado e que o pacote de ações de alta é média complexidade [em Santas Casas e hospitais] só foi pago 70% em dezembro e 30% em 2 de janeiro”. Também disse que, ainda assim, vai fazer de tudo para conseguir pagar este ano.

Sobre 2016, o ministro disse que o orçamento com suas devidas destinações ainda estão sendo construídos, e que a grande preocupação é que se as dívidas de 2015 ficarem para 2016, tudo vai piorar, porque o orçamento para o ano que vem vai ser menor.

“Nesse momento não dá pra pensar em programa novo ou aumentar despesas. Vamos manter o que está funcionando e não deixar de prestar serviços”, garantiu o ministro à Folha.

Na entrevista, ele conta que a saúde tem que ter atenção e especial porque não pode parar de prestar atendimentos. “O nosso ministério não pode parar de prestar os serviços que vem prestando. Temos certeza que a área econômica vai ser sensível a isso. A saúde tem que ter atenção especial. Estamos tratando de vidas humanas. Os serviços já estão contratados. Não podemos chegar em outubro e dizer: parem os tratamentos de câncer, as cirurgias e as hemodiálises e vamos recomeçar em janeiro”, destacou.

Para Marcelo Castro, a solução é o governo conseguir mais recursos. Ele voltou a defender a CPMF como um meio para a obtenção de mais verbas não só para a saúde.

Sobre as prioridades para as execuções em Saúde, o ministro disse que será dada mais atenção ao serviço de atenção básica e à regionalização dos serviços, porque os mais simples geram menor custo e é o que pode ser feito no momento.

Lyza Freitas
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