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Governo vai excluir servidores que não fizeram o recadastramento na segunda

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A Secretaria de Administração e Previdência (SeadPrev) vai iniciar na segunda-feira (21), o processo de exclusão da folha de pagamento os servidores que não fizeram o recadastramento. O último prazo termina nesta sexta-feira, às 17h. Cerca de 5.900 servidores estavam pendentes até o final da 2ª etapa, no dia 27 de novembro.  

"Nós temos amanhã o fim do período de recadastramento. Na segunda vamos iniciar os processos administrativos. Se o servidor não comparecer até amanhã às 17h, esses terão seus nomes incluídos no processo administrativo e definitivamente não receberão o salário do mês de dezembro", alerta o secretário de administração, Franzé Silva.

O gestor disse que ainda não tem o balanço geral de quantos se regularizaram na terceira e última etapa. Amanhã, segundo ele, já será possível saber quantos nomes serão excluídos da folha de pagamento. 
"Após esse período nós iremos pegar a relação dos faltosos, excluir da folha de pagamento e começar o processo administrativo", ressalta o secretário.

De acordo com Franzé, há casos de servidores que passaram em outros concursos e pessoas que já morreram e continuam com o cadastro ativo. "Muita gente que passou em outros concursos recorreu para regularizar a situação, já que se sofrer um processo administrativo atrapalha no outro emprego. Temos casos de pessoas que morreram e as famílias estão procurando. Temos diversos casos e estamos com isso enxugando a folha de pagamento", destacou.

Folha inchou R$ 26 milhões
No período de um ano, segundo o secretário, a folha de pagamento do Piauí teve uma evolução de R$ 26 milhões. Quase a totalidade foi recorrente dos reajustes salariais aprovados em lei ainda na gestão Wilson Martins. "A folha teve evolução de R$ 26 milhões de incremento no período dezembro de 2014 a dezembro de 2015 e desses, R$ 25 milhões foram deecorrentes das leis aprovadas na gestão anterior e não cumpridas, além de outros benefícios decorrentes dessa negociação", afirmou.

Os dados detalhados do inchaço na folha serão divulgados em uma prestação de contas que a Seadprev enviará à Assembleia Legislativa do Piauí e Tribunal de Contas do Estado (TCE). "Iremos mostrar quais são esses dados, as rubricas que impactaram  e mostrar que o Estado teve um controle sobre a folha. O crescimento natural da folha foi pequeno, que impactou foi exatamente essa leis que tivemos que parcelar", frisou.

Segundo Franzé Silva, se o governo não tivesse negociado com as categorias ainda em maio, o Piauí estaria ultrapassado o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Se não houvesse essa negociação lá em maio, hoje nós estaríamos acima dos 49%, que é o limite máximo, e estaria com a sua economia paralisada sem poder receber recursos nem de operações de crédito e nem também fazendo convênios. O governador acertou na estratégia de chamar as categorias para negociar, caso contrário, estaríamos em uma paralisia semelhante a do final do governo passado", finalizou o secretário. 

Hérlon Moraes e Yala Sena
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