Empresária do ramo da comunicação e filha de um dos políticos mais populares da história do Rio Grande do Norte, o ex-senador já falecido Carlos Alberto, Micarla é dona de uma carreira política meteórica. Estreou com o pé direito nas eleições municipais de 2004. Conseguiu ser eleita vice-prefeita na chapa do socialista Carlos Eduardo Alves (PSB). Em 2006, deu uma demonstração de ousadia política ao renunciar ao cargo para eleger- se deputada estadual. Nos últimos anos, dedicou- se a conhecer os problemas da cidade e a estudar soluções. Recentemente, visitou Bogotá, na Colômbia, para entender como a capital daquele país conseguiu reverter os índices de violência, considerados há seis anos um dos mais altos do mundo. Resultado: ganhou pontos entre os eleitores apavorados com o aumento da criminalidade em Natal. "Temos que nos ater aos detalhes", ensina Micarla, que, ao contrário de Marta e Jô Moraes, tem como principal adversário uma mulher, a deputada federal Fátima Bezerra (PT), em segundo lugar nas pesquisas, com 17,14%.
Feminista de longa data, Marta Suplicy sai na frente na disputa pelo cargo que ocupou entre 2001 e 2004. A exprefeita de São Paulo, de acordo com o último Datafolha, lidera a disputa com 36% das intenções de voto contra 32% de Geraldo Alckmin (PSDB) e 11% do atual prefeito, Gilberto Kassab (DEM). Se ganhar, pode sonhar com vôos ainda mais altos na política, como a Presidência da República em 2010, embora diga que pretende pleitear um novo mandato na prefeitura, caso seja eleita. Se quiser vencer, porém, a ex-ministra do Turismo precisará superar a maior rejeição entre os candidatos, cerca de 30%. Parte da rejeição, segundo analistas, é fruto de uma decisão tomada por Marta em 2001: seu divórcio, depois de 36 anos de casamento, do senador petista Eduardo Suplicy, político de reputação ilibada, admirado até por não-petistas. "A mulher, se for doce, chamam de incompetente. Se é firme, dizem que é arrogante. Mas você não pode exercer o poder se não for firme. É uma imagem que nós mulheres vamos ter de mudar", reconheceu a candidata em recente entrevista. Para o prefeito Gilberto Kassab, porém, o "fator mulher" não influi decisivamente numa eleição. "Não faz diferença disputar uma eleição contra uma mulher. Eleitor olha para as propostas e para o que a pessoa faz", avalia o candidato do DEM.
Fonte: Isto é