Uma acusação grave esquentou o debate entre coordenadores de campanha dos candidatos à Prefeitura de Teresina, comandado pelo jornalista Amadeu Campos durante o Jornal do Piauí desta terça-feira (5). Marcelino Fonteles, coordenador da campanha do petista Nazareno Fonteles, disse que a chapa da situação vai gastar até três vezes mais que a sua para reeleger o prefeito Sílvio Mendes, e colocou dúvidas sobre a prestação de contas da campanha tucana.

Marcelino relatou que a coligação estava disposta a contratar uma agência de publicidade, que apresentou proposta de R$ 700 mil, considerada inviável. O coordenador teria ficado de retornar com uma contraproposta, mas quando o fez a agência já havia sido contratada pela coligação da situação, que também fechou com outra agência, supostamente mais cara que a primeira. "Não foi menos de R$ 1,5 milhão as duas produtoras para o prefeito. Eu não sei o que ele declarou, mas ele vai gastar três ou quatro vezes mais que a gente. O que ele informa legalmente e o que é feito na prática, ai eu não sei", disse.

 

A acusação recebeu reação veemente de Washington Bonfim, coordenador da campanha do PSDB. Primeiro, ele afirmou que as contas de campanha de Nazareno na primeira prestação a ser feita no dia 6 de agosto, seria maior que o de Sílvio Mendes. Na resposta de Marcelino, o representante do tucanos foi mais duro. "Isso está no âmbito da Justiça Eleitoral, você vai ser interpelado a dizer isso", declarou. 

Washington Bonfim disse que o debate não faz parte das discussões que permeiam o pleito municipal deste ano e provocou o representante petista. "Esse é o tipo de acusação leviana que faz com que o candidato esteja na posição em que está nas pesquisas eleitorais. Essa é uma acusação grave que é feita inclusive à honra das duas empresas que estão trabalhando. É um debate que não interessa ao eleitor de Teresina", concluiu.