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Garçom diz ter visto quem portava arma usada em tiro contra jovem no Corso

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O garçom de um dos quiosques da Avenida Raul Lopes, zona Leste, pode ajudar a identificar quem estava portando a arma usada para uma brincadeira que resultou em um disparo acidental na jovem Pâmela Beatriz Leão, travesti de 23 anos atingida com um tiro na cabeça no Corso de Teresina. A testemunha, que compareceu ao 12º Distrito Policial (12ºDP) nesta quinta-feira (18) para prestar depoimento.

Segundo o garçom, que preferiu não se identificar, um homem dormia em uma cadeira do quiosque com o objeto ao seu lado, mas ele não soube dizer se era uma arma de verdade. "Tinha muita gente com farda da polícia e arma de brinquedo. Ele estava cochilando com a arma perto dele, as meninas vinham passando, viram e pegaram", contou a testemunha.

Ele afirmou ainda que o homem que ele viu no dia do ocorrido não bate com as características do sub-tenente Edmilson Batista, que seria o dono da arma usada no disparo que atingiu a jovem. "Ele (o homem que estava com a arma no quiosque) era jovem, tinha aparência de ter uns 30 anos", informou o garçom.

Em seu depoimento, dado nesta quarta-feira (17), o militar disse que recebeu a arma no dia do Corso e quando chegou em casa a guardou dentro do guarda-roupa. Apenas sua esposa, a filha e a neta estavam na residência. Ele disse ainda ter saído para resolver um problema pessoal e que quando retornou, por volta das 16 horas, tirou um cochilo e que quando acordou, por volta das 18 horas, a arma já não estava mais no local onde ele havia deixado.  

O delegado Ademar Canabrava, que está investigando o caso, afirma que a esposa e a filha do policial ainda podem ser chamadas para depor. De acordo com a investigação, o policial conhecia e a vítima moram em locais próximos e se conheciam. “Vamos fechar o inquérito quando esclarecermos tudo. Precisamos saber de quem é essa arma, se ela foi furtada mesmo e porque o cidadão estava com ela”, explicou.

Pâmela Beatriz continua internada Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Teresina (HUT). Os médicos suspenderam sua sedação no último final de semana, mas ela ainda não reagiu. Seu estado de saúde é considerado grave.

Com informações de Tiago Melo
Da redação
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