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Custos das campanhas e família afastam a mulher da política, diz Margarete

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Os custos de uma campanha eleitoral e a família são os principais empecilhos que terminam por afastar a mulher da política. A análise é da vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (PP), primeira mulher a ocupar o cargo. 

"São dois fatores: o primeiro é a questão da dificuldade de fazer campanha, o financiamento, e o outro é a dificuldade que a mulher tem de abandonar o lar para fazer política", afirmou durante entrevista ao Jornal do Piauí.

Os cargos mais difíceis de se ocupar, segundo ela, são os que exigem a saída da cidade onde mora, como por exemplo deputado federal e estadual. "As candidaturas para prefeito e vereadores são melhores para as mulheres neste aspecto. São campanhas mais fáceis para as mulheres", destaca.

Para Margarete Coelho, o desafio atual é fazer com a mulher seja reconhecida como cidadã plena, em pleno uso de seus direitos humanos e civis.

"No consciente popular há uma diferença entre homem e mulher que indica inferioridade, isso provoca adiante todas as distorções no comportamento. O nosso desafio é fazer que a mulher seja vista  e reconhecida como uma cidadã plena, gozando de todos os direitos humanos e civis. Precisamos que esse reconhecimento venha de dentro de casa", declarou, ressaltando que as políticas públicas ajudam a corrigir esse vício.

"As políticas públicas vêm para sanar ou corrigir esse vicio que há na base de nossa educação. Essa ideia que o homem é o protetor da mulher, dá a ideia de que ele é o dono e daí vem a violência. A mulher, naquilo que é preciso andar com as próprias pernas, ela tem ido", destaca.

Crescimento do PP

A vice-governadora comentou ainda o crescimento de seu partido antes mesmo das eleições 2016. Na próxima semana, um grande evento de filiação promete mexer com a estrutura parlamentar da Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi).   

" A bancada do PP vai mais que triplicar. São muitos nomes, deputados com mandatos, suplentes no exercício do mandato. Há quem analise que crescimento que não venha das urnas, não seja real. Acontece que esses parlamentares que estão vindo são deputados que estavam na base, cujo quociente eleitoral foi composto nas eleições anteriores", explicou.

Margarete ressalta que o partido vai disputar prefeituras em várias cidades do Piauí. No caso de Teresina, a expectativa é de um acordo com o prefeito Firmino Filho para indicar o vice. "O PP já vinha com essa parceria administrativa com Teresina. Os maiores recursos de emendas foram do senador Ciro Nogueira e com a chegada do vereador R Silva na base essas conversas se estreitaram. Tem um pré-acordo com o PSDB no sentido das eleições municipais", admitiu.

Hérlon Moraes
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