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Bolívia inicia referendo e decide neste domingo seu futuro político

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Mais de quatro milhões bolivianos vão às urnas neste domingo (10) para decidir se querem que seu presidente, Evo Morales, o vice e mais oito governadores continuem no cargo. O Referendo Revogatório Nacional foi proposto pelo presidente no começo do mandato e cumprido agora, dois anos e meio após ele ter tomado posse.

O clima no país é de tensão. As regiões mais ricas, da chamada "meia lua" (departamentos de Beni, Pando, Tarija e Santa Cruz), fizeram protestos constantes nas últimas semanas e seus governadores mantêm uma greve de fome contra medidas taxativas do governo. Apesar de proibidas no dia do referendo, o governo disse que não irá intervir para retirar os grevistas das ruas. O governador de Cochabamba, Manfred Reyes Villa, anunciou neste sábado que não deixará o poder caso perca no referendo.

Neste domingo (10), o governo denunciou que ele está organizando cerca de 100 jovens para que intervenham nas mesas de votação, pagando 800 bolivianos para cada um (cerca de R$ 182,5).
 
Na noite de sábado, o presidente Morales afirmou que se sente feliz por ter cumprido com as promessas feitas ao povo e que se perder no referendo deixará o cargo, como define a lei. Ele afirmou que tem medo que haja uma reação do povo neste domingo diante das constantes agressões que têm sofrido. "Não tenho medo da oposição, depois de ter feito uma profunda reflexão desses anos."

As normas do referendo determinam que o presidente perderá seu cargo se os votos de rechaço ao governo superarem em número e porcentagem o volume de votos que recebeu nas eleições de 2005.

Morales perderá o cargo se tiver no mínimo 53,74% dos votos do "não", uma cifra difícil de ser alcançada devido à sua popularidade. Já entre os governadores, a regra é a mesma pela lei, mas uma nova norma da Corte Nacional Eleitoral aprovada na última semana indicou que eles precisam de 50% para vencer.


Fonte: G1

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