Edison Vara / Pressphoto /Divulgação |
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Renato Aragão dedica troféu a Oscarito
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O bom humor e uma dose de crítica à concorrência com Hollywood no mercado de exibição nacional marcaram seu agradecimento no palco do Palácio do Cinema.
Apesar de uma inversão na agenda, pois a homenagem deveria acontecer entre os dois filmes da noite, o público prestigiou e aplaudiu.
"É uma honra ser reconhecido pela vertente cinematográfica da minha trajetória", disse o trapalhão. "Para mim esse prêmio é muito importante porque nem todos acreditavam no valor de um humor popular quando comecei".
Pouco antes, durante uma entrevista com jornalistas, ele havia dito que ser reconhecido como um cineasta já era um grande prêmio.
Aragão lembrou também que iniciativas como o festival e a premiação consolidam a marca do cinema nacional, cada vez mais combalido frente ao poder dos "blockbusters", como são chamados os filmes de grande orçamento de Hollywood. "Enquanto títulos americanos conseguem 3.500 salas em todo o País, meu último filme só foi exibido em 80 salas", comparou.
Emocionado, ele dedicou o Kikito a Oscarito (1906-1970), comediante muito popular no período das chanchadas da Atlântida. "Foi ele que me fez fazer cinema", disse.