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Henrique Pires minimiza saída do governo e diz que momento é ruim para a população

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Fotos: Wilson Filho/Cidade Verde

Em entrevista no Jornal do Piauí desta segunda-feira (28), o ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Henrique Pires, declarou que a existência de "impedimentos técnicos" já haviam o levado a colocar o cargo a disposição, antes mesmo da demissão ocorrida na semana passada.

Depois de tratar o assunto como "retaliação ao PMDB", o ex-presidente da Funasa usou um tom mais moderado nesta segunda-feira, quando perguntado se sua demissão seria uma resposta ao vice-presidente Michel Temer, que o indicou para o cargo. 

"A imprensa nacional está dando essa conotação. Eu não tenho como te afirmar isso. Eu posso te afirmar como gestor da Funasa que até quarta haviam impedimentos técnicos", declarou Pires, informando ter recusado pedidos para nomear pessoas para cargos que ele acredita precisarem de perfil técnico. "Não aceitei e nem aceitaria", acrescentou. 

Questionado sobre se estava chateado com a demissão, Henrique Pires declarou. "Eu tenho que agradecer a presidente Dilma pelo espaço que ela me deu para a gente ajudar o Piauí, e muito."

E continuou a minimizar sua saída do governo, afirmando que vai se dedicar a percorrer o Piauí como cidadão. "Quem está em política sabe que esse cargo, que é comissionado, ele é de livre nomeação. (...) Eu fico tranquilo. É óbvio que o Piauí perde, que eu perco espaço político, mas isso é da política."

Perguntado sobre o processo de Impeachment, Henrique Pires afirmou que não pode atacar o governo do qual acabou de participar e defendeu suas ações. Mas admitiu que o desgaste é muito forte. Para o pmdebista, a situação é ruim e prejudica a população. 

"Toda essa efervescência política é ruim para a sociedade, é ruim principalmente para quem está lá na ponta", declarou. 

Fábio Lima
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