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Pai não sabia que filho foi abusado e crê em homicídio

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O pai adotivo de P.S.S, 9 anos, Augusto Neirim Sousa, 63 anos, ainda está abalado com a morte de seu filho, na tarde de ontem(10), no cercado de sua propriedade, a 300 metros de sua casa, no bairro Estação, em Campo Maior (a 80 km de Teresina). P.S.S. foi encontrado com um tiro na cabeça, disparado por um revólver calibre 32, que estava próximo ao corpo.
 
Fotos: Carlos Lustosa

Pai: "Acho que devem ter matado ele, porque não dava para fazer esse recibo (suicídio)"

Segundo o pai, P.S.S. era um menino esperto que o ajudava com o rebanho. ?Eu crio uma vaca de leite, e todos os dias ao meio-dia ele saía para soltar a vaca. Mas, eu não gostava de quando ele se juntava com os outros meninos?, explica o pai. Augusto tem mais oito filhos e juntamente com a mulher, Maria de Deus da Silva Sousa, 65 anos, teriam adotado a criança.

?Acho que devem ter matado ele, porque não dava para fazer esse recibo (suicídio). Ele me ajudava nas minhas lutinhas?, declarou seu Augusto.
 

O delegado Baker Martins, titular do 2º Distrito, afirmou que as testemunhas disseram ter visto ele com dois ou três outros meninos. Um desses garotos, identificado como QuimQuim, foi até a casa da família para avisar onde o corpo estava.

Já foram ouvidas cinco testemunhas. Baker Martins afirma que ao trabalha com ?acho?, vai esperar o laudo da perícia, mas não vai demorar a desvendar o caso. ?Esse crime choca a cidade, porque envolve criança em um cenário atípico: local aberto e a margem da estrada?, explicou o delegado.

O pai afirma que quer justiça. ?Quero justiça. Pelo menos isso. Quero saber ao menos quem foi, para não ficar censurando um e outro?.

Violência sexual:

O pai ficou sabendo pela reportagem do Cidadeverde.com que foram encontrados vestígios de violência sexual contra seu filho. Augusto disse não acreditar na possibilidade, já que o filho era muito bem quisto na região.

Já o delegado disse acha cedo dizer que o menino sofreu violência sexual, porque as marcas podem não ser do dia do crime. ?Pode ser que isso tenha acontecido um dia antes?, supõe o delegado, que aguarda o resultado do exame residográfico, que irá detectar se havia pólvora nas mãos do garoto.
 
 
Local que o corpo do garoto foi encontrado. Um garfo e uma bagana de cigarro estavam junto ao corpo.
 
 

Flash de Carlos Lustosa (de Campo Maior)
Redação Caroline Oliveira
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