O vereador Dudu (PT) manifestou-se na Câmara Municipal de Teresina sobre a formação do governo do presidente Michel Temer, que não possui, em seus quadros, nenhuma mulher ou negro nos cargos de primeiro escalão.

Segundo o parlamentar, as medidas já eram esperadas e foram denunciadas pelos movimentos sociais antes do processo de aceitabilidade do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff passar pelo Senado Federal. 

"Sabíamos que os primeiros que sofreriam imediatamente seriam as pessoas com minorias de direitos neste país. Fomos ridicularizados no mundo todo. Até mesmo a imprensa que apoiou o golpe teve que mostrar a repercussão internacional", comenta Dudu.

"Acabar com o Ministério da Cultura, da Mulher, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, dentre outros, é regredir absurdamente. Foram Ministérios importantíssimos para a construção de direitos destas minorias. De uma só canetada, Temer destruiu uma luta de anos", diz.

 

Lava-Jato e CGU

Além disso, o vereador também se mostrou indignado com o abafamento da operação Lava-Jato e com os rumos da investigação contra o senador Aécio Neves (PSDB), candidato derrotado em segundo turno nas eleições presidenciais.

"É um absurdo que o ministro Gilmar Mendes tenha barrado a investigação contra o senador. Até mesmo os depoimentos, o Ministro mandou barrar. Foi um golpe orquestrado a muitas mãos", frisa o vereador Dudu.

Outra crítica ferrenha foi a respeito do fim da Controladoria-Geral da União (CGU), órgão federal de supervisão, que foi integrada ao recém-criado Ministério da Fiscalização, Transparência e Controle. Para Dudu, significa uma brecha no combate à corrupção: "Sem a CGU atuando forte e independente, subordinada a um Ministério ligado ao governo, o combate à corrupção é que se enfraquece", lamenta o petista.

 

Da Redação
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