Os correspondentes da TV Globo Marcos Losekann e Paulo Pimentel foram seqüestrados durante cinco horas no Líbano e interrogados por integrantes do grupo terrorista Hezbollah.
O Hezbollah, que também é um partido político, desafia o governo libanês e controla até o trabalho da imprensa.
A lanchonete tem sanduíches com nomes de armas, pratos inspirados em atos terroristas e refeições embaladas com papel camuflado, tudo preparado por um cozinheiro vestido como um soldado.
Para completar, o ambiente é decorado com reproduções de armas e munições e redes de camuflagem.
Pode parecer de mau gosto, mas a "Buns and guns", que em português significa "pães e armas", é a lanchonete mais agitada de Beirute.
A inspiração veio da vizinhança: ela fica no coração do Dahiye, o bairro controlado pelo Hezbollah, o "partido de Deus".
O grupo terrorista também atua na política, luta contra Israel e faz oposição ao governo libanês.
É como um Estado dentro de outro Estado. Tanto que, aqui, a credencial de imprensa emitida pelo Ministério das Relações Exteriores do Líbano, não vale nada.
No meio da gravação na lanchonete, militantes do grupo apareceram de repente e mandaram que a equipe embarcasse em carros com cortinas que impediam a visão externa. Sob a mira de armas, eles foram presos e interrogados.
O equipamento foi apreendido, assim como os telefones celulares e documentos.
Cinco horas depois, eles foram libertados com a ordem de voltar a Londres no primeiro avião. Os militantes devolveram os celulares, mas sem os cartões de memória. Da câmera de vídeo, eles retiraram a fita, mas não perceberam que a original, com as imagens exibidas na reportagem, havia sido trocada por outra.