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Ferroviários poderão suspender paralisação nesta quarta-feira

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Representantes do Sindicato dos Ferroviários, Central Única dos Trabalhadores - CUT -, e da Transnordestina, antiga Companhia Ferroviária do Nordeste - CFN -, se reuniram por volta de 20h30min para tentar um acordo e por fim à greve iniciada  na semana  passada. A empresa propôs a suspensão da greve para a retomada das negociações. Já os trabalhadores aceitam as negociações desde que não ocorram retaliações aos grevistas e cerca de 20 trabalhadores sejam readmitidos.

A Transnordestina vai analisar a contraproposta e apresentar sua posição nesta quarta-feira (20). Se a empresa concordar com as posições do Sindicato, a categoria deve realizar assembléia até o início da tarde para suspender o movimento, o que garantirá o abastecimento normal de combustíveis e outros produtos, colocado em risco desde a última segunda-feira com um acidente na linha férrea, próximo ao terminal da Petrobrás.

O encontro intermediado pela delegada regional do trabalho, Paula Mazulo, terminou ameno, depois de um clima tenso. O presidente da CUT, Batista Honório, reclamou da postura da advogada da empresa, Ana Cristina, que teria debochado do movimento ao falar durante reunião: "De que greve vocês estão falando?". Ela pediu desculpas e disse que não teve a intenção. Os trabalhadores disseram que estão dispostos a negociar, mas até a reunião não haviam apresentado qualquer proposta. Eles afirmaram ainda que a empresa usa liminares para tentar prejudicar o movimento.
 
A audiência foi solicitada pela Procuradoria Regional do Trabalho. Três pessoas representaram a Transnordestina, mas não se identificaram e nem deram entrevista. Na reunião, a advogada disse que a empresa não tem condição de atender a porcentagem de reposição solicitada pelos grevistas.
 
O Sindicato reivindica aumento do piso de R$ 415 para R$ 580, reajuste linear de 8%, aumento do tíquete alimentação de R$ 250 para R$ 360, e nas diárias de R$ 20 para R$ 30, além de mudança no plano de saúde por não atender o interior do Estado, e a reintegração de 20 funcionários demitidos da Transnordestina. Todos, segundo o sindicato, sem justa causa, incluindo cinco sindicalistas. O último ponto é considerado um dos cruciais nas negociações. Além disso, eles querem a não retaliação dos grevistas e não desconto dos dias parados.
 
Yala Sena (flash da DRT)
Fábio Lima (da Redação)
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