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Pai de Junior Araujo chama colisão de "crime de trânsito" e pede ajuda à OAB

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O pai do jornalista Junior Araujo e do professor de física Bruno Queiroz se reuniu na tarde desta quarta-feira (8) com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil-seccional Piaui, Chico Lucas. Francisco das Chagas pediu intervenção da entidade no inquérito que apura as causas do acidente que matou seus filhos e no combate à violência no trânsito. 

O pai das vítimas denomina como "crime de trânsito" a colisão entre o Corola conduzido pelo jovem Moaci Junior e o Fusca dirigido por seu filho, Bruno. "Não foi acidente. Foi crime e não tem que cair na impunidade. Dessa vez fui eu que perdi meu filhos, mas amanhã pode ser outra família e temos que pedir Justiça", clama Francisco. 

Como resultado do encontro, o presidente da OAB-PI, Chico Lucas, disse que vai cobrar maior prevenção e punição de casos de violência no trânsito. Ficou acertado que na próxima semana  uma reunião ampliada será realizada para deliberar maior fiscalização nas ruas de Teresina. 

"Serão chamados todos os órgãos de trânsito, dentre eles Detran, Strans, PRF, Ciptran. Vamos pedir números, planos de fiscalização, estatísticas, saber, por exemplo, quantos testes de alcoolemia já foram realizamos por esses órgãos. Eu mesmo nunca fiz um", adianta Chico Lucas. 

A OAB-PI também quer instituir o Observatório dos Crimes de Transito. O novo mecanismo terá como objetivo cobrar punição rigorosa de quem provoca os acidentes de tráfego.

Chico Lucas criticou também a morosidade do Poder Judiciário e disse que o Observatório pedirá agilidade no andamento e conclusão de processos que apuram acidentes de trânsito.

"Muitos desses casos não são julgados e a sociedade cria esse sentimento de impunidade. É preciso maior prevenção e punição. Junior e Bruno morreram por irresponsabilidade no trânsito, mas também por omissão do Estado", finalizou o presidente da OAB.

Junior e o irmão Bruno Queiroz morreram vítima de um trágico acidente de trânsito no dia 26 de junho, após saírem do Parque da Cidadania. No Fusca em que estavam e que foi atingido violentamente pelo Corolla na avenida Miguel Rosa, apenas uma pessoa sobreviveu, o jornalista Jader Damasceno.

Bruno morreu no local, o irmão ainda resistiu 4 dias no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A família decidiu doar suas córneas, fígado e um dos rins. O fígado seguiu para um paciente na Bahia e seu rim foi doado a um homem de 60 anos, que desde 2013 aguardava pela possibilidade de transplante, no Piauí. 

O motorista apontado como suspeito de provocar a colisão, Moaci Junior, pagou fiança de R$ 7 mil e foi liberado na manhã seguinte ao acidente.

Izabella Pimentel (Flash da OAB)
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