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Idosa ganha 1ª festa de aniversário aos 100 anos

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A vida simples na zona rural impossibilitou que a centenária Laurinda Guimarães de Lima tivesse uma festa de aniversário ao longo dos anos. Segundo ela, a primeira comemoração de aniversário aconteceu somente nesta quarta-feira (27), quando ela completou 100 anos de vida em um asilo de Capão Bonito (SP), onde mora há um ano. “Fiquei muito feliz, porque eu nunca tinha ganhado uma festa. Foi a primeira vez”, conta a aposentada.

A festa aconteceu após as funcionárias do asilo Lar São Vicente de Paula se mobilizarem nas redes sociais e publicarem na página oficial do asilo no Facebook um pedido de doações para que a comemoração fosse realizada. A publicação, que aconteceu no dia 11 de julho, teve mais de 50 compartilhamentos e 600 curtidas.

“Graças ao pedido nove pessoas resolveram ajudar a fazer a festa. Uma delas fez a decoração e outra fez o bolo. Aí vieram as pessoas que trouxeram os salgados e teve gente que até deu ingredientes para fazermos um segundo bolo. Além dos 48 idosos aqui do asilo, os funcionários também participaram da festa. Netos, netas e uma nora dela também vieram”, relata a funcionária Zuleica Ferreira.

Para Laurinda, foi um momento único e emocionante. “Eu comi bolo, brigadeiro, beijinho, salgadinho, suco de laranja e pão também. Estava muito bom. Foi Deus que ajudou a fazer a festa”, afirma.

Segundo a presidente da entidade, Marizete Ferraz, a festa prova que as redes sociais conseguem incentivar a caridade. “Hoje muita gente passa muito tempo na rede social. Então a gente tenta mostrar que esses idosos, que muitas vezes são deixados pelas famílias nos asilos, precisam de ajuda”, conta.

'A primeira festa'

Em entrevista, a filha de Laurinda, Marina Guimarães da Cruz, confirmou que foi a primeira festa de aniversário da mãe.

“Foi a primeira vez. É de criação, porque minha mãe passou a infância no sítio e desde cedo trabalhou. Depois casou-se, ficou viúva, casou de novo e nesse tempo teve oito filhos. Somos de família simples. Então repetiu a infância dela com a gente. Eu mesma, por exemplo, nunca tive festa também. Desde criancinha a gente trabalhava com ela cortando cana, ‘pegando pesado’ no sítio. Apesar do pouco conforto, ela nos ensinou a ser pessoas honestas, do bem e sempre fez o melhor por nós”, revela.

Nascida em 27 de julho de 1916 em Apiaí (SP), Laurinda viveu na zona rural quando criança. Segundo a filha, teve seis filhos, mas, após ficar viúva, mudou-se para Ourinhos (SP) onde teve mais dois filhos em um novo casamento. Ficou viúva novamente na década de 1950 e mudou para Capão Bonito na década de 70, onde passou a morar na zona urbana. Dois oito filhos, apenas dois estão vivos. Além de Marina, de 58 anos, tem o caçula de 55 anos.

“Já fiz de tudo, além de trabalhar na roça costurava e fazia rede de palha. Nunca imaginei, na minha infância, chegar a essa idade. Mas sempre cuidei da minha saúde e sempre comi bastante verdura. Não tenho doença grave hoje em dia, só diabetes”, afirma a idosa.

Fonte: G1 Itapetininga

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