Os dois homens que seqüestraram nesta terça-feira (26) um avião sudanês com 95 pessoas a bordo estão em Kufra, no sul da Líbia, e negociam uma fuga para a França. As informações são do governo do Sudão.
A aeronave, que tinha como destino a capital sudanesa, Cartum, teria feito uma primeira tentativa para pousar em Aswan, no sul do Egito, mas não teve autorização do aeroporto local e seguiu então para a Líbia.
Os seqüestradores ainda não foram identificados. Segundo o governo do Sudão, eles portavam facas.
O avião pertence à Sunair, empresa privada baseada em Cartum.
As comunicações com a aeronave foram cortadas logo depois do seqüestro, segundo a rede de TV Al-Jazeera.
O objetivo da dupla, segundo o governo do Sudão, seria seqüestrar o governador de Darfur, Hmad Ali Mahmud, que não estava a bordo.
Três líderes de uma facção do Movimento de Libertação do Sudão, um grupo rebelde regional que assinou um contestado tratado de paz com o governo, estariam a bordo, segundo um líder do movimento. Um deles seria Mina Minnawi.
A região de Darfur está em conflito desde que uma rebelião contra o domínio de Cartum estourou há cinco anos. Observadores internacionais dizem que mais de 2,5 milhões de moradores tiveram de deixar suas casas e mais de 200 mil morreram em decorrência da guerra civil.