A presidente afastada, Dilma Rousseff, reconheceu entre os erros que cometeu a escolha do presidente em exercício, Michel Temer, como vice em sua chapa.
“Posso dar dois exemplos (...) O político é que visivelmente eu errei na escolha do meu vice-presidente... isso é óbvio", afirmou Dilma em entrevista a agências internacionais nesta quinta-feira (18).
A petista também admitiu equívocos na área econômica. "Todo o processo que fizemos de redução de imposto beneficiando o setor empresarial não resultou em ganhos para o conjunto da economia”, disse.
Impeachment
Dilma garantiu que participará de todas as etapas do processo de impeachment. No dia 29, ela fará a defesa pessoalmente no plenário do Senado durante o julgamento final. “Seria um equívoco monumental entregar a democracia como campo de debate para outro, para os golpistas."
Ela comparou o atual processo político ao golpe militar de 1964. “No caso deste aqui, que a literatura chama de golpe parlamentar, não é como um machado que corta a árvore da democracia (...) É como se parasitas e fungos a infestassem", afirmou.
Lava Jato
A presidente afastada classificou o PT como alvo de criminalização e de tentativas de aniquilação e disse que "não há hipótese" de a sigla desaparecer. Ela disse ainda que o governo petista contribuiu para investigação e combate à corrupção.
Por outro lado, Dilma disse que irá se defender das acusações a que responde e voltou a criticar gravações telefônicas entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que originaram o inquérito autorizado nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com ela, em “nenhum país do mundo” pode-se gravar um presidente da República sem autorização.
Fonte: Brasil Post