Sabatinada na tarde desta terça-feira (07) pelo Cidadeverde.com, a candidata Lourdes Melo (PCO) criticou as ações da justiça, que tentou retira-la da campanha eleitoral deste ano. Lourdes destacou também que está no palanque para defender os ideais socialistas propostos pelo PCO, além de condenar a falta de espaço para os chamados partidos nanicos para a difusão de ideias na mídia.

A sabatina foi comandada pela coordenadora do Cidadeverde.com, Yala Sena, e pelo jornalista Joelson Jordani, apresentador do Jornal do Piauí. Na ocasião, ela respondeu perguntas de internautas ao vivo em meia hora de transmissão.

Entre os pontos de destaque, Lourdes afirmou que, com pouco tempo e recursos escassos para uma campanha eleitoral em comparação aos demais envolvidos, sua participação tem como foco a apresentação de ideias. “Eu não sou candidata individual. Sou candidata que representa o programa do PCO. Como as eleições são um processo desigual e temos menos espaço nos programas de TVs e não existe financiamento [para a sua campanha] e lutamos contra poderio econômico, aproveito o período pra ocupar esse espaço e divulgar ideias e sabendo que existe expectativa e envolvimento da população com relação as eleições. Como se eleições fossem mudar a vida da população no toque de mágica”, destaca. “As pessoas são manipuladas pela mídia. Não temos como afirmar que vamos ganhar eleição se não temos espaço para falar”, acrescenta.

Durante a sabatina, Lourdes criticou veementemente o sistema capitalista e o sistema de eleições, bem como o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o que ela classifica como “golpe”. “Há uma necessidade de lutar pelos nossos direitos, independentemente das eleições. E agora com as eleições, culminou com golpe na presidência. Agora, daqui pra frente, os recursos para a saúde, educação, vão ser congelados por 20 anos. Como eu posso vir pra cá dizer que vamos construir esgotos? A realidade do momento, da ditatura, conjuntura nacional, é os recursos que estão sendo diminuídos”, frisa a candidata.

Para a candidata, o atual sistema econômico está falido, pois, segundo ela, atende somente os interesses dos empresários e de quem concentra a riqueza. Ao ser questionada sobre usufruir dos “benefícios” capitalistas, assumiu o papel de professora para uma pequena aula: “Quem produz todas as riquezas que produzimos são os trabalhadores. Todos devem servir aos próprios e não aos da elite que usurpa essa riqueza. Defendemos o socialismo com sociedade de bem estar, mas também não queremos a mendicância, queremos o bem estar para todos. Não somos defensores dos Franciscanos. Dependemos da necessidade e temos tecnologia”, explica.

Com relação à decisão judicial que havia lhe tirado da disputa eleitoral, Lourdes destacou que o processo eleitoral é injusto e que não colabora com a democracia com regras que beneficiam os partidos maiores. “Como temos pouco tempo na TV ainda hoje vejo as pessoas perguntam se sou candidata. Essa situação [da impugnação da candidatura] foi regularizada. As pessoas votando no PCO, temos as melhores proposta porque temos para luta do povo. Com relação ao partido e justiça, a Justiça deveria colaborar e tornar eleições um momento de culminância da democracia. O que ela tem feito é criar normas, ajustes de lei que não é o papel da justiça. Não deveria dificultar a participação dos pequenos. Eles [partidos maiores] recebem mais dinheiro e tem assessoria contábil, jurídica para tudo até mesmo pra comprar votos. A justiça não vaio nos calar”, desabafa.

Apesar dos problemas para a campanha, ela afirmou que tudo que conseguem no partido é com ajuda de trabalhadores com algumas ações para angariar dinheiro. “Vamos fazer um jantar no dia 17 para fundo de campanha e passando livro de ouro pra colaborar”, destaca.

Diego Iglesias
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