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'É fada': Kéfera estrela 1º filme e diz que youtubers têm 'trabalho árduo'

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Os mais de 9 milhões de fãs na internet nunca foram suficientes para fazer Kéfera Buchmann desistir do desejo de conquistar as telas do mundo offline. “Ela me dizia que que não queria ficar a vida toda sendo youtuber”, conta Cris D'Amato, responsável por dirigir a estrela da web em sua estreia no cinema, “É fada”, que chega aos cinemas nesta quinta-feira (6).

A curitibana de 23 anos começou a fazer teatro aos 15, para vencer a timidez, e assim descobriu o que “queria fazer para o resto da vida”, diz ao G1. Hoje, vê seu trabalho no YouTube como uma “porta de entrada” para que fosse vista.

Sim, a fama na internet a ajudou a ganhar o papel. Cris já conhecia Kéfera antes do sucesso estrondoso do canal 5incominutos (“quando ouvi nome dela pela primeira vez, achei que fosse um produto”, lembra a cineasta, aos risos), mas foi o que viu quando assistiu a uma apresentação da youtuber em um teatro do Rio que a fez escolher sua protagonista. “O teatro estava abarrotado numa segunda-feira! Foi uma surpresa. Pensei: ‘Que sucesso é esse?’”

“Nós trazemos público”, reconhece Kéfera. Ela torce para, com o filme, alcançar novos espectadores, além daqueles que já a acompanham na web.

Kéfera e Geraldine
Inspirado em “Uma fada veio me visitar”, livro lançado em 2007 pela autora teen Thalita Rebouças, o longa traz Kéfera como Geraldine, uma fada que perde suas asas por usar métodos pouco convencionais em suas missões. Para recuperá-las, ela precisa ajudar Julia (Klara Castanho) a se tornar uma garota popular.

Os gritos estridentes, as caras e bocas e o jeito despudorado da estrela da internet ainda estão lá, embora ela deixe clara a distinção entre seu trabalho na ficção e a própria personalidade. “Não é a Kéfera quando estou em um personagem.”

“Como youtuber, tenho muito mais liberdade para falar e fazer o que quiser. Já no trabalho como atriz, tenho que estar sempre cuidando das coisas que tenho vontade de fazer e realizar no meu lado pessoal, como uma tatuagem ou um piercing”, avalia. “No filme, eu estava sendo a atriz que lutei para mostrar que sou.”

Cris vê mais semelhanças entre Geraldine e Kéfera. Para ela, não poderia ser diferente. “Não adianta eu querer fazer um filme com a Kéfera e desperdiçar a Kéfera”, afirma. “A gente conversava antes das cenas e eu perguntava: ‘Como você falaria isso?’ Eu queria colocar o texto perto do que ela falaria [na vida real], colocar a coloquialidade nas falas.”
Rotina intensa
Para atuar no longa, a youtuber passou por uma preparadora de elenco, ao lado de Klara, que já fez seis novelas, mas também é estreante no cinema. Durante as filmagens, Kéfera precisou encarar uma rotina que chegava a até 12 horas de set.

“O cansaço e a rotina eram intensos. Acordava às 5h da manhã quase todos os dias para chegar ao set cedo e só chegava em casa à noite, para dormir mesmo”, lembra. Os vídeos de seu canal eram gravados nas folgas.

Depois de todo esse trabalho - e também de participações na TV, um espetáculo teatral e dois livros (e escrevendo o terceiro) -, ela espera diminuir o preconceito que, na sua avaliação, ainda existe em relação aos youtubers.

"Muitas pessoas não veem o youtuber como um profissional. Esquecem que também temos nosso árduo trabalho, que não dormimos para editar vídeos, que nem sempre tudo está bem e temos que filmar como se estivesse", reclama. "Os youtubers que eu conheço dão duro e levam a sério o trabalho, mas muita gente acha que estamos fazendo algo banal."

Fonte: G1

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