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Velho Zeza será julgado pelo 2º homicídio por 'musa do tráfico'

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Restaurante onde ocorreu o crime

Apontado pela polícia como um dos maiores traficantes de drogas de Teresina (PI), João Alves, o Velho Zeza, irá novamente a júri popular. Desta vez, pela morte de Jorgiano Clebe de Araújo, assassinado a tiros em fevereiro de 2013, em um restaurante no bairro Morada Nova, na Zona Sul de Teresina. 

O crime ocorreu dois meses antes da morte do empresário Daniel Barbosa da Silva, que também foi assassinado a mando de Velho Zeza. Nos dois casos, a motivação teria sido passional. A suposta pivô dos assassinatos foi Adriana Siqueira Neres, que mantinha um relacionamento com Velho Zeza e Jorgiano Clebe, ao mesmo tempo. 

"O Velho Zeza traficava e também não tolerava seus desafetos. O Jorgiano vivia com a Adriana que é conhecida como a "musa do tráfico" e dirigia a cadeia criminosa quando da prisão de Velho Zeza. O crime foi passional, não teria outro motivo para ambas as mortes", disse o coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Baretta.

Jorgiano viveu maritalmente por sete anos com a "musa do tráfico" com quem tem um filho. 

O delegado ressalta ainda que Velho Zeza deverá responder por homicídio qualificado e organização criminosa no  assassinato de Jorgiano. Além dele foram denunciados no caso: Camila Ribeiro Coelho (que teria atraído a vítima para o local do crime), Cícero da Silva Pinheiro (piloto da moto) e Vítor Ferreira, o Neguim (apontado como o autor dos disparos). 

"Ele deverá responder por organização criminosa pois cada integrante tinha uma função específica. No dia da morte de Jorgiano, ele ordenou que a Camila ligasse para a vítima atraindo-o para o bar, onde ocorreu o homicídio. Em seguida, a Camila avisou ao Neguim que a vítima já estava no local marcado e ele (Neguim) foi lá e efetuou os disparos. O Velho Zeza é perigoso e tinha sua própria gangue de traficantes que agem também como pistoleiros de aluguel. Ele recrutava até gente de outros estados", explica Baretta. No dia do crime, Jorgiano estava com uma namorada que presenciou a morte.

Cícero da Silva Pinheiro é foragido da Justiça e investigado também na morte do empresário Daniel Barbosa. Meses antes de ser executado, Jorgiano Clebe havia sido baleado e, desde então, andava com auxílio de muletas. O delegado ressalta que a ordem também teria partido de Velho Zeza. 


Mulher teria sido o pivô de dois assassinatos

Na semana passada, Velho Zeza foi condenado pelo tribunal do júri a 18 anos e seis meses de prisão pelo assassinato do empresário Daniel Barbosa da Silva, ocorrido em 2013, no Lourival Parente, zona Sul da capital. A suposta pivô do assassinato, em abril de 2013, foi Adriana Siqueira Neres, que mantinha um relacionamento com Velho Zeza e Daniel Barbosa, simultaneamente. 


Graciane Sousa
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