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Casal processa igreja por casamento de 12 minutos

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Denice não foi buscar até hoje o álbum de casamento, traumatizada com o dia que deveria ser o mais feliz de sua vida. A secretaria da paróquia, em Belo Horizonte, marcou a cerimônia para às 20h30, como ficou registrado no convite. Mas para o padre, o casamento era meia hora mais cedo.

"O padre disse: 'infelizmente não vou poder realizar seu casamento. Tenho um compromisso muito mais importante que isso aqui.' Nunca vou esquecer a forma que ele disse", relata a comerciante Denice Mendonça Galdino.

A cerimônia durou 12 minutos. O padre tirou a batina no altar, saiu da igreja e não deu a benção final. Além de assustados, os noivos ficaram em dúvida sobre a validade do casamento.

Eles suspenderam a festa e decidiram entrar na Justiça, alegando que houve descaso do padre. Depois de três anos e uma derrota em primeira instância, a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi anunciada nesta quinta-feira (4). A mitra arquidiocesana de Belo Horizonte foi condenada a pagar dois mil reais por danos morais. A igreja não informou se vai recorrer.

O padre, que foi transferido para o interior do estado, disse que não teve pressa na celebração. Ele garante também que cumpriu todo o ritual do sacramento. Ele disse também que deu de presente ao casal uma benção apostólica do Papa Bento XVI.

"Jamais a gente pode substituir o sacramento do matrimônio por uma benção papal. Isso, que depende muito das amizadas que os padres têm, é oferecido a um cônjuge na celebração do matrimônio ou em uma comemoração de bodas de prata. Mas nunca para substituir o sacramento", diz o padre Nivaldo Rosa da Silva.

 

Fonte: G1

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