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Estudo revela que a ansiedade aumenta com cobrança, pressão e redes sociais

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O transtorno de ansiedade é uma doença conhecida. De acordo com estudo conduzido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), entre 1990 e 2013, o número de pessoas com depressão ou ansiedade aumentou em quase 50%, passando de 416 milhões para 615 milhões. A ansiedade, que se manifesta de várias formas como TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) ou mesmo Síndrome do Pânico, pode afetar qualquer um em qualquer lugar.

Celebridades como Selena Gomez, Zayn Malik, ex-integrante do One Direction, já afirmaram sofrer com a doença. Camila Cabello, uma das vocalistas do grupo Fifth Harmony, chegou a abandonar um show durante uma crise de ansiedade. Com tantos casos, seria correto dizer que os jovens estão ficando mais ansiosos? Uma pesquisa realizada com jovens americanos de 1938 a 2007 mostrou que cinco vezes mais estudantes sofriam de ansiedade e outras desordens mentais em comparação com pessoas da mesma idade que viviam no final da década de 1930, em plena época da Grande Depressão. A resposta para esse aumento, segundo o estudo, seria que atualmente existe uma cobrança maior por aparência, riqueza e status social.

Um estudo realizado pelo Instituto de Psiquiatria da USP (Universidade de São Paulo) e divulgado em 2012 mostrou que os transtornos de ansiedade eram os que mais afetavam os moradores da região metropolitana de São Paulo, afetando 19,9% dos indivíduos. Apesar de concordar quanto a melhora na forma de obter um diagnóstico, Miguel Jorge, psiquiatra da Unifesp, afirma que a ansiedade também foi afetada pelas mudanças da sociedade, em particular, as de grandes centros urbanos. "Atualmente existe uma competição maior no mercado de trabalho, além de estarmos expostos a estímulos constantes por meio da comunicação e com a participação em mídias sociais. Todas essas coisas contribuem para despertar a ansiedade", explica.

 

Estar conectado o tempo inteiro pode agravar ou mesmo provocar quadros de ansiedade, explicam os especialistas.

"Se há necessidade de estar o tempo todo conectado e isso acaba tomando conta da vida da pessoa ao ponto dela se sentir mal quando não está conectada, ou deixar de fazer outras coisas que são importantes para ela, então sim, esse tipo de ansiedade pode ser ligada à tecnologia", explica Ana Arantes professora de psicologia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).

Mas as redes sociais também encontraram um papel além da cobrança por status social. Em diversos grupos, pessoas com transtorno semelhantes, se reúnem para conversar online sobre as dificuldades do cotidiano.

"Para mim, as redes sociais têm sido uma ajuda! Pois, quando me sinto pior ou estou a passar por uma crise, sei que existe um lugar onde posso falar dos meus pensamentos, comportamentos e sentimentos e que alguém me vai entender! É quase uma terapia de grupo" diz a portuguesa Eli Correia, 43, que sofre com crises de pânico desde os 17 anos.


Fonte: Uol

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